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22 países árabes oferecem “proposta de paz” para Israel

por Últimos Acontecimentos
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25 de maio de 2016.

Dois dias após o ministro israelense da Defesa, Moshe Yaalon, anunciar sua renúncia, afirmando não confiar mais no primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ainda se especula o que estaria acontecendo nos bastidores.

A decisão inesperada abriu caminho para que o ministério da Defesa fosse entregue ao ultranacionalista Avigdor Lieberman. Ele supervisionará as atividades do exército nos chamados “territórios ocupados”, da Palestina.

Surpreendentemente, 22 países árabes, incluindo a Arábia Saudita, os Estados do Golfo, Jordânia e Egito, anunciaram que estão prontos para discutir com Israel uma iniciativa de paz. Essa coalizão estaria disposta a mudar sua atitude em relação ao Estado judeu, o que incluiria retomada das relações diplomáticas, de acordo com oIsrael National.

A emissora de TV Channel 10 divulgou que esses países árabes têm enviado mensagens para o governo de Israel através de vários emissários, incluindo o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair. Como resposta, Israel precisa anunciar uma “retirada” da Judéia e Samaria, nas regiões reclamadas pela Autoridade Palestina.

Essa iniciativa de paz saudita, foi sugeria pela primeira vez em 2002, mas rejeitada por Israel. O governo rejeitou na época o chamado “direito de retorno” de milhões de descendentes dos árabes que fugiram do território de Israel em 1967.

Nas vésperas da “guerra dos seis dias”, milhares abandonaram voluntariamente o país por temiam ser pegos em meio ao conflito. Apesar da desvantagem numérica, Israel saiu vencedor e retomou porções do seu território histórico.

Agora, as fontes diplomáticas reiteram que existe o desejo dos dirigentes dos países árabes que não possuem relações diplomáticas com Israel de mudar a sua atitude. Eles desejam ter um papel ativo na mediação entre Israel e a Autoridade Palestina.

O anúncio ganhou destaque por ocorrer dias depois de o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, exortar israelenses e palestinos a retomaram as conversas, oferecendo-se como mediador.

Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina agradeceu e disse estar disposto. Aliados de Benjamin Netanyahu afirmam que “Israel está pronto para participar com o Egito e outros países árabes no avanço do processo diplomático visando a estabilidade na região.”

Implicações proféticas

Rapidamente, sites especializados em profecias começaram a publicar artigos lembrando das características da “semana profética” de paz de Israel [7 anos] de Daniel 9:27, e de passagens como 1 Tessalonicenses 5:1-3 que falam sobre uma falsa paz na região.

A aparente mudança de atitude do governo de Israel chama atenção por vir em um período em que a pressão internacional está se intensificando. Representantes de mais de 20 países e organizações como a ONU e a União Europeia se reunirão dia 3 de junho para debater uma “retomada urgente” do processo de paz entre a Palestina e Israel.

O encontro será em Paris, e não contará com representantes de Israel. O chanceler francês, Jean-Marc Ayrault disse em entrevista recente: “Não podemos ficar sem fazer nada, precisamos atuar antes que seja tarde demais”.

Explicou ainda que a base dessa reunião promovida pela França será justamente a “Iniciativa de Paz Árabe”, de 2002, retomada agora pelos 22 países.

Segundo essa proposta, Israel deve abandonar todo o território ocupado desde 1967 e aceitar o estabelecimento de um estado da Palestina independente, cuja capital seria Jerusalém ocidental.

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