O tema do DIP 2020 é Cristãos ex-muçulmanos. Após a queda da Cortina de Ferro, o Irmão André anteviu que o islamismo se tornaria o maior desafio para a igreja. E assim aconteceu. Hoje o extremismo islâmico representa a maior ameaça à igreja. Ameaça que não está restrita ao Oriente Médio, mas que permeia grande parte da África Subsaariana e Sudeste Asiático, bem como todo Norte da África e Ásia Central. Além disso, se estende também a países que não são majoritariamente muçulmanos mas têm uma forte presença islâmica, como China e Índia. Dos 50 países da Lista Mundial da Perseguição 2019, 36 têm como religião predominante o islamismo.
Hoje você ficará sabendo como é viver a fé cristã na Península Arábica, o berço do islã, onde uma teologia islâmica mais severa é ensinada até os dias atuais. Os muçulmanos acreditam que o profeta Maomé disse que somente uma religião poderia existir na Península Arábica, portanto todas as igrejas da região deveriam ser destruídas. No entanto, apesar de toda pressão militar, política, social e religiosa sobre os cristãos, Cristo está trabalhando claramente na região, sobretudo entre imigrantes cristãos.
Crescente número de igrejas domésticas e secretas
Centenas de milhares de cristãos vivem na Península Arábica; a maioria deles vem de países pobres da África e Ásia para trabalhar na região. Eles se reúnem informalmente em grupos discretos e, no geral, não são importunados pelo governo. Os cristãos nativos, no entanto, se mantêm secretos. O que acontece é que eles crescem como muçulmanos até que encontram um estrangeiro cristão ou uma Bíblia. Quando se convertem, se reúnem em igrejas secretas e não oficiais. Há um crescente número de grupos de cristãos nativos pequenos e informais que se encontram secretamente.
Em todos os países da Península Arábica há grupos de cristãos locais que se reúnem em absoluto sigilo. Eles enfrentam forte pressão por parte da família e, em alguns países mais do que em outros, do governo também. É evidente o trabalhar de Deus no berço do islamismo. Nem mesmo o mais restrito dos governos ou a mais forte pressão da sociedade poderiam impedi-lo de mover o coração e a vida das pessoas, nem de edificar sua igreja.
A Arábia Saudita e o Iêmen têm os regimes mais rigorosos, visto que oficialmente nenhuma igreja é permitida. O Catar permite a existência de algumas igrejas estrangeiras, mas restringe severamente a importação de Bíblias. No Kuwait, Bahrein e Emirados Árabes Unidos, os cristãos desfrutam de maior liberdade, mas ainda precisam se adequar às regras do governo.
Quando a fé desses novos convertidos é descoberta pela família ou comunidade, a vida se torna muito difícil para eles, pois são pressionados a voltar para o islã. O maior desejo desses cristãos é estarem conectados ao corpo de Cristo. A Portas Abertas os apoia através de recursos bíblicos, treinamentos de pastores e líderes e oração. Principalmente em países mais severos, como a Arábia Saudita, muitos cristãos ex-muçulmanos saem do país para praticar a fé em liberdade em outra nação.
Fonte: Portas Abertas.