Um estudo divulgado nesta quinta-feira (21) pela Liga Antidifamação (ADL), ONG judaica de direitos civis, aponta que um em cada quatro cidadãos europeus tem sentimentos antissemitas.
A pesquisa foi conduzida na Europa, no Canadá, na África do Sul, no Brasil e na Argentina, entre abril e junho de 2019, e reacendeu o alerta para atos contra judeus, pouco mais de um mês depois do ataque que matou duas pessoas perto de uma sinagoga em Halle, na Alemanha.
O levantamento mostra que o nível de antissemitismo permanece praticamente idêntico na Europa ocidental, mas cresceu na parte central e no leste do Velho Continente, especialmente em países como Ucrânia (+14%), Polônia (+11%) e Rússia (+8%).
Na Polônia, as atitudes antissemitas envolvem 48% da população, segundo a ADL, contra um índice de 37% em 2015. Três quartos desse total, por exemplo, responderam que “os judeus falam muito daquilo que aconteceu no Holocausto”.
Na Hungria, 25% dos entrevistados acreditam que “os judeus querem enfraquecer a cultura nacional, exprimindo-se a favor de um número maior de imigrantes” – o país tem algumas das políticas mais duras da Europa contra migrantes e refugiados.
Ainda de acordo com a ADL, o sentimento antissemita também cresceu no Brasil (+9%), na África do Sul (+9%) e na Argentina (+6%).
Fonte: ANSA.