Ancara se recusa a endossar o plano da OTAN para a defesa de seus membros do Báltico e da Polônia, a menos que a aliança reconheça como grupo terrorista as Unidades de Proteção Popular da milícia curda (YPG), com base em curdo norte da Síria, dizem fontes diplomáticas da agência Reuters.
A aprovação do plano da aliança Atlântica para a defesa da Polônia, Lituânia, Letônia e Estônia no caso de um “ataque da Rússia” requer o consentimento formal de todos os seus 29 países membros. Sem a aprovação da Turquia, o reforço militar nessa área poderia ser dificultado, destaca a mídia.
No entanto, Ancara rejeita tal iniciativa porque acredita que seus aliados do bloco não oferecem apoio suficiente em sua luta contra o terrorismo.
“Eles [os turcos] estão tomando reféns do Leste Europeu, impedindo a aprovação desse planejamento militar até obterem concessões”, reclamou uma fonte da agência.
Outro, por sua vez, considerou que a recusa da Turquia é “prejudicial” à integridade da Aliança, especialmente no contexto do ceticismo de atores da arena internacional, como os EUA ou a França, cujo presidente, Emmanuel Macron, comparou o estado atual do bloco com uma “morte encefálica” e defendeu repetidamente a retomada das relações entre a UE e a Rússia.
O presidente turco anunciou o início da operação militar “Fonte da Paz” – lançada em 9 de outubro no norte da Síria e destinada a “destruir o corredor do terror” na fronteira com a Turquia e “trazer a paz para a região” – depois dos EUA retirar suas tropas destacadas nessa área.