O exército jordaniano realizou uma série de manobras militares nesta semana simulando uma tentativa de invasão do reino, mas que também parecia ser uma mensagem para Israel.
As manobras, que ocorreram em 25 de novembro na presença do rei da Jordânia Abdullah II, foram nomeadas “Espadas de Karameh”, em uma aparente referência à operação militar de Israel contra o Fatah, em 1968, perto da vila jordaniana de Karameh, na qual o exército jordaniano lutou ao lado do grupo palestino.
A agência de notícias oficial da Jordânia, Petra, e a mídia jordaniana informaram que as manobras envolviam um grande número de veículos terrestres e aéreos e tinham como objetivo “destruir a vanguarda do inimigo e as pontes que podem ser usadas como pontos de passagem” para o território jordaniano.
Embora os relatórios oficiais da Jordânia não tenham mencionado explicitamente Israel, a referência à Batalha de Karameh e o fato do exercício ter como foco uma invasão por pontes – ou seja, pontes sobre o rio Jordão que forma a fronteira entre os dois países – implica fortemente uma conexão.
Além disso, uma foto das manobras publicadas na mídia jordaniana mostrou o rei Abdullah em pé com os comandantes do exército em frente a um modelo da fronteira ocidental da Jordânia e da área do Mar Morto. Um artigo publicado em um site local da Jordânia declarou explicitamente que as manobras simulavam uma batalha com “a entidade ocupante do outro lado do rio” – ou seja, Israel.
Participaram das manobras, além do rei, o primeiro-ministro da Jordânia, Omar Razzaz, diretor da Corte Real, vários ministros do governo e membros das câmaras alta e baixa do parlamento jordaniano. Também estavam presentes diretores e estudantes universitários, veteranos do exército e adidos militares de vários países não identificados.