Ancara e o Governo do Acordo Nacional, apoiado pela OTAN, assinaram anteriormente um acordo para o envio de tropas turcas para a Líbia.
A Turquia salientou no entanto que o envio das tropas só irá acontecer se o exército liderado pelo general Khalifa Haftar parar com a sua ofensiva.
Durante o seu discurso na Reunião de Avaliação Anual de 2019, realizada no Centro Cultural e de Conferências de Bestepe em Ancara, presidente turco Recep Tayyip Erdogan anunciou que o país enviará tropas para a Líbia na sequência de um acordo assinado com o Governo do Acordo Nacional.
As duas principais partes do conflito interno da Líbia, o Governo do Acordo Nacional (GAN) apoiado pela OTAN, que tem sob o seu controle o Leste do país, e o Exército Nacional Líbio (LNA) liderado pelo general Khalifa Haftar, não conseguiram chegar a um consenso sobre o cessar-fogo durante as negociações que tiveram lugar nesta segunda-feira (13) em Moscou.
A próxima tentativa de reconciliar as partes beligerantes deverá acontecer na capital alemã, Berlim, em 19 de janeiro, onde a Alemanha, França, Turquia, Rússia, EUA, Reino Unido, China e Itália irão tentar mediar um novo acordo de cessar-fogo.
O presidente turco salientou também que Ancara vai começar este ano atividades de prospeção e exploração de reservas de gás na região do Mediterrâneo Oriental, em conformidade com o acordo alcançado com Governo do Acordo Nacional, e que a embarcação Oruc Reis já iniciou estudos sísmicos.
“Após assinar um acordo marítimo e de segurança com a Líbia, não é legalmente possível realizar as nossas atividades de perfuração e exploração [de gás] ou de construção de um gasoduto sem a aprovação dos dois países”, disse Erdogan.
Fonte: Sputnik.