A Turquia é uma das nações atuais que ainda desempenhará um importante papel no desenrolar das profecias bíblicas. Até há bem pouco tempo um país amigo de Israel, recebendo anualmente milhares de turistas judeus nas suas belas praias e resorts, a Turquia do muçulmano Erdogan tem-se tornado cada vez mais uma preocupação para toda a região do Oriente Médio.
Competindo pelo controle territorial com o Irã, a Turquia anseia restabelecer o seu antigo califado islâmico, do qual ainda se orgulha, não olhando a meios para tentar alcançar os seus fins.
CONQUISTA DA LÍBIA
Enquanto o mundo tinha a sua atenção voltada para o recente conflito entre os EUA e o Irã, a Turquia enviava 2.400 soldados para a capital líbia Tripoli, encontrando-se ainda outros 1.700 em fase de treinamento na Turquia. Sabe-se que a Turquia planeia enviar ainda mais 6.000 militares para território líbio.
O regime ditatorial turco apoia a facção líbia “GAN” (Governo de Acordo Nacional) na sua luta contra o “Exército Nacional Líbio”, apoiado pela Rússia. O GAN é apoiado pelo Egito e pela Arábia Saudita. Recebe também apoio aéreo da União dos Emirados Árabes.
A Turquia está oferecendo um salário mensal de 2 mil dólares a cada militar enviado para a Líbia, uma clara evidência do interesse que o atual presidente turco, o cruel ditador Recep Tayyip Erdogan, tem em projetar-se como o novo califa, ou seja, o líder de uma nação islâmica global. O grito de guerra dos soldados turcos enviados para a Líbia é: “Oferecemos Nossas almas ao califado otomano.”
CALIFADO OTOMANO
O Califado Otomano, conhecido no Ocidente como Império Turco Otomano, foi fundado no século 13, tendo chegado a controlar durante vários séculos partes da Europa Oriental, Ásia Ocidental e Norte da África. O império otomano caiu depois da 1ª Guerra Mundial, quando foi dividido pelas forças dos Aliados, e o 101º e último califa, o sultão Abdulmecid II foi deposto e expulso.
Após a sua expulsão da Turquia, o califa manteve uma estreita ligação por correspondência com o Mufti de Jerusalém, Haj Amin el-Husseini, fundador do nacionalismo palestino, tornando-se mais tarde num amigo íntimo de Adolfo Hitler e um defensor do Holocausto.
O império otomano era um califado sunita que exerceu um poder homogêneo de controle islâmico sobre as populações não muçulmanas, especialmente sobre as de maioria cristã e católica. Os cristãos tinham muitas restrições de culto, e ainda outras de foro social, levando a que muitos judeus e cristãos se “convertessem” ao islamismo, afim de não perderem o seu estatuto social.
ERDOGAN: PRETENSÕES A CALIFA
Os receios sobre as pretensões do atual presidente Erdogan e, se tornar o novo califa otomano concretizaram-se logo após a sua eleição, e muito especialmente após a tentativa de golpe de estado em 2016, quando o presidente turco usou os militares contra a população, prendendo centenas de dissidentes.
Mas as aspirações do ditador turco não se ficam pelo seu país: os seus olhos estão postos em Israel, mais especificamente em Jerusalém. Numa cúpula da “Organização da Cooperação Islâmica” realizada no ano passado em Istambul, Erdogan apelou aos 57 países muçulmanos ali representados para que se unissem contra Israel, para vingar a morte de palestinos mortos durante os conflitos com Gaza.
“BANDEIRA ISLÂMICA SOBRE JERUSALÉM”
Num discurso proferido em 2015 para comemorar os 562 anos da tomada de Constantinopla (Istambul) aos cristãos europeus pelos turcos, Erdogan aproveitou o ensejo par apelar aos muçulmanos para conquistarem Jerusalém:
“A conquista é Meca, a conquista é Saladino, é desfraldar de novo a bandeira islâmica sobre Jerusalém; conquista é a herança de Maomé II, conquista significa forçar a Turquia a ficar outra vez de pé.”
“JERUSALÉM SERÁ LIBERTADA”
O apoio de Erdogan aos palestinos tem surtido o seu efeito prático. Num grande ajuntamento de muçulmanos no Monte do Templo, Jerusalém, há alguns dias atrás, para a comemoração da conquista de Constantinopla, em 1453 d.C., Nidhal “Abu Ibrahim” Siam, um pregador palestino, dirigiu-se a uma multidão de 7.000 indivíduos ali presentes, afirmando que em breve estariam a ser cumpridas 3 profecias: seria estabelecido um califado dirigido com justiça, Jerusalém seria libertada e estabelecida como capital do califado, e o islã lançaria ao chão os seus inimigos, conseguindo assim o domínio mundial.
Este ajuntamento foi organizado por Hizb ut-Tahrir, uma organização internacional pan-islâmica dedicada ao estabelecimento de um califado global. Esta organização perversa foi fundada em 1953, em Jerusalém, mas foi banida em muitos países.
AMIGO DO HAMAS
Sabe-se que Erdogan é amigo e apoiante do Hamas, permitindo que esta organização terrorista funcione a partir de território turco.
INTERESSE NA LÍBIA
Esta recente incursão turca na Líbia revela uma agenda até agora secreta, tendo a ver com a tentativa de domínio turco sobre a zona marítima do Mediterrâneo Oriental.
Para além da situação estratégica desta região, ela também é detentora de gigantescos depósitos de gás natural, colocando a Turquia em rota de colisão com outro novo fornecedor desta preciosa energia: Israel.
Todo este interesse na Líbia tem naturalmente a ver com o gás natural, uma vez que este acordo comercial firmado entre a Turquia e a Líbia passou por cima da Síria, do Líbano, de Israel, e do Egito. Eles querem fazer crer que todo o gás natural do Mediterrâneo pertence unicamente à Líbia e à Turquia.
EM ROTA DE COLISÃO COM ISRAEL
Toda esta negociata turca coloca Israel em rota de colisão com a Turquia, uma vez que Israel está a suprir gás natural para a Europa, levando a que a Turquia entre também em conflito com a Europa.
E é óbvio, a forma de manter os interesses comerciais turcos seguros na Líbia é assegurar que a facção dominante naquele país possa manter-se no governo.
São eventualmente interesses comerciais, mas sem ignorar a questão religiosa. Nas palavras do Dr. Mordechai Kedar, professor emérito no Departamento Árabe na Universidade Bar-Illan, em Israel, “O estabelecimento de um califado é certamente uma parte grande da agenda de Erdogan, mas para que tal se concretize, ele precisa de dinheiro e de poder. Apoderar-se do gás do Mediterrâneo é tudo quanto ele precisa.”
Para além destas conclusões políticas, há que ter em conta que tanto a Turquia (Togarma) como a Líbia (Pute) fazem parte do conjunto de nações que serão atraídas à conquista de Israel, e que ali mesmo serão destruídas pelo Deus Todo Poderoso – Ezequiel 38 e 39.
Fonte: Shalom, Israel!