O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu nesta segunda-feira (27) o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e mostrou otimismo sobre a possível implementação de seu plano de paz.
Durante declaração à imprensa, o republicano explicou que os palestinos podem até recusar o pacto, mas “no fim das contas eles vão gostar”, porque é de alguma forma “faz sentido” para todos. Trump, no entanto, se recusou a dar detalhes do que chamou de “Acordo do Século” e disse que seu plano para resolver o conflito entre palestinos e israelenses será anunciado nesta terça-feira (28), a partir do meio-dia (horário local). Além disso, o magnata afirmou que Israel apoia sua iniciativa.
Ao ser questionado se Netanyahu implementaria o plano nas próximas seis semanas, Trump respondeu que “acho que ele está aqui por uma razão, espero que seja um sim”.
O premier israelense, por sua vez, disse que a medida é a “oportunidade do século” para garantir a paz dos dois lados. Ele também agradeceu toda a contribuição e apoio do presidente dos EUA. Netanyahu classificou Trump como “o melhor amigo do Estado de Israel na Casa Branca”, principalmente depois de reconhecer Jerusalém como capital e transferir a embaixada norte-americana no país.
O encontro entre os dois líderes foi qualificado como “excelente”, relataram membros da delegação de Israel em Washington citadas pela imprensa local. “Os dois líderes falaram sobre o acordo que será apresentado amanhã, embora a maior parte da reunião tenha se concentrado no Irã”, sobre a corrida nuclear e a situação após o assassinato do líder iraniano Qassem Soleimani.
Entre os assuntos debatidos também estão a questão do Tribunal Penal de Haia e a intença do promotor Fatou Bensouda de abrir uma possível investigação contra Israel por “crimes de Guerra”. Palestinos – Hoje cedo, o primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina, Mohammad Shtayyeh, disse que o mundo deve rejeitar o plano de paz proposto pelos Estados Unidos para o Oriente Médio porque viola o direito internacional.
Segundo Shtayyeh, a iniciativa “vem de um partido que perdeu sua credibilidade para ser um mediador honesto da paz em um processo político sério e genuíno”. Os palestinos ainda não conhecem o plano, mas já o rejeitaram, dizendo que o governo Trump é predisposto a favor de Israel.
O premier também pediu à comunidade internacional “que não seja membro de um plano que contradiz as bases da lei e dos direitos do povo palestino”.
Ele destacou que o pacto vai “conceder a Israel tudo o que deseja às custas dos direitos nacionais do povo palestino representados por um Estado soberano independente, não fragmentado com a capital Jerusalém e o direito de retorno dos refugiados”.
Fonte: ANSA.