Uma depressão profunda atormentava a mente e o corpo de Halida*. A única solução para a muçulmana da Ásia Central era buscar, com fé, o favor de Alá. Porém, os esforços próprios dela pareciam não ser suficientes para a ação divina. Quando já estava no limite das forças, decidiu clamar mais fortemente durante o Ramadã. O período é um dos mais importantes para os seguidores de Maomé, quando os fiéis fazem jejum de comida e água durante todo dia, estudam o Alcorão e se dedicam mais à espiritualidade. “Se Deus não me responder neste mês sagrado do Ramadã, morrerei. Não tinha forças para resistir mais”, testemunha Halida.
A amiga dela foi a resposta das orações, ao apresentar Jesus e mostrar que nele os problemas dela teriam solução. “Sonya* me convidou para ir a um grupo cristão onde outras pessoas podiam orar por mim, mas meu medo era um obstáculo. Por várias semanas eu me recusei a ir às reuniões”, conta. Vencida pelo desespero, Halida tomou coragem e foi até um encontro dos cristãos. Lá, foi impactada pelas mensagens e decidiu se render ao amor de Jesus por ela e deixar-se curar por ele. Finalmente encontrou a paz. Meses depois, ela foi batizada e sua vida tinha mudado, sentia mais segurança e serenidade.
Um dia, a mãe da cristã ex-muçulmana encontrou a Bíblia que a filha tinha escondido no quarto. Então a perseguição começou dentro de casa. “Você é uma vergonha para a nossa família e parentes”, esbravejou a mãe. No mesmo dia, Halida também foi espancada pelos familiares e expulsa da residência da família. Ela tentou explicar que Issa (Jesus em árabe) a havia curado da depressão, mas o testemunho foi ignorado. Então, os irmãos da nova fé acolheram a cristã e a ajudaram a encontrar um quarto para alugar e um emprego.
Ao invés de cultivar a raiva da família, Halida passou a orar por ela e entendeu que Jesus amava cada familiar. “Orei e, em um mês, eles me aceitaram em casa, mas ainda não aprovaram a minha fé. Apesar disso, estou absolutamente convencida de minha decisão de seguir Jesus, o Messias. Continuo orando por eles, compartilho o amor de Deus e acredito que um dia louvarão o nome de Issa junto comigo”, crê a cristã. (Essa história continua).
*Nomes alterados por segurança.