O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, declarou em 29 de janeiro que o plano para resolver o conflito entre Palestina e Israel, apresentado terça-feira pelo presidente dos EUA, Donald Trump, ignora os direitos dos palestinos enquanto tenta legitimar a ocupação de Israel na região.
Segundo as declarações do líder turco, a cidade de Jerusalém é “sagrada” para os muçulmanos e é por isso que a proposta do inquilino da Casa Branca que planeja deixar essa cidade para Israel “nunca será aceitável”.
Anteriormente, o Ministério das Relações Exteriores da Turquia informou que o projeto de Trump é “um plano de anexação que visa matar a solução de dois estados e roubar terras palestinas“. Nesse contexto, ele descreveu que a proposta “nasceu morta”.
‘Acordo do século’
Na terça-feira, Donald Trump apresentou seu plano de paz para resolver o conflito entre Israel e a Palestina, que prevê uma solução de dois estados: um israelense e um palestino, com a capital em Jerusalém Oriental.
Segundo o projeto, chamado “o acordo do século”, os assentamentos israelenses na Cisjordânia serão reconhecidos, em troca de sua construção ser congelada pelos próximos 4 anos. Segundo Trump, a Palestina dobrará seu território após o acordo.
Ao mesmo tempo, Trump indicou que sua iniciativa prevê que Jerusalém é “a capital indivisível” de Israel.
Reação da Palestina
O presidente palestino Mahmoud Abbas classificou o plano de paz de Donald Trump no Oriente Médio de “conspiração” e observou que Jerusalém e os direitos de seu povo “não estão à venda”.
Por sua parte, Sami Abu Zuhri, do movimento Hamas, chamado de “absurda” plano de Trump e considerados “agressivas palavras” do presidente dos Estados Unidos ao apresentar a sua proposta.