O secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper disse na quarta-feira (26) que a Coreia do Norte procura alcançar legitimidade ao desenvolver sua capacidade nuclear e de mísseis balísticos.
As observações foram feitas pelo secretário de Defesa por escrito em uma exposição para o Comitê de Serviços Armados do Senado antes da audiência sobre o requerimento de orçamento do Pentágono para 2021.
“A Coreia do Norte busca alcançar legitimidade através do desenvolvimento de uma variedade de armas nucleares, convencionais e não convencionais, e aumentando as capacidades de seus mísseis balísticos”, disse Esper.
Ele acrescentou que “as nossas forças na Península Coreana permanecem em elevado estado de prontidão juntamente com os nossos colegas da República da Coreia. Embora nós apoiemos os contínuos esforços diplomáticos para que a paz duradoura se estabeleça na [península da] Coreia, permanecemos preparados para lutar e vencer esta noite, se for necessário”.
O chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, general Mark Milley também se referiu à ameaça contínua que os programas de armas de destruição em massa desenvolvidos pela Coreia do Norte representam, relata The Korea Herald.
“Apesar da diminuição das tensões diplomáticas entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, Pyongyang ameaça os nossos aliados regionais e a nossa pátria [os EUA] com suas capacidades de mísseis nucleares e balísticos. Devemos adotar uma postura de força para deter e nos defendermos dessas ameaças, bem como das extensas forças convencionais de Pyongyang. As Forças Conjuntas devem permanecer em estado de prontidão na Península da Coreia, bem como na defesa da nossa pátria, estar preparados para várias contingências”, reforçou Milley.
Em dezembro de 2019, Pyongyang alertou Washington sobre um possível “presente de Natal” depois que Kim Jong-un deu aos Estados Unidos um prazo até o final desse ano para os EUA proporem novas concessões nas negociações sobre o arsenal nuclear de seu país.
O presidente dos EUA, Donald Trump, que em 2018 se tornou o primeiro líder americano a se encontrar com um líder norte-coreano, declarou após as observações de Kim que o líder norte-coreano havia assinado um contrato de desnuclearização, dizendo que Kim era um “homem de palavra”.