A Antártica sofreu uma onda de calor pela primeira vez, como confirmado por cientistas do Programa Antártico Australiano, cuja descoberta foi publicada terça-feira na revista Global Change Biology.
Durante a onda de calor, registrada entre os dias 23 e 26 de janeiro passado pela estação de pesquisa Casey, no Território Antártico Australiano, foram atingidas temperaturas máximas e mínimas extremamente altas.
“As ondas de calor são classificadas em três dias consecutivos com temperaturas máximas e mínimas extremas”, disse Sharon Robinson, principal autora do artigo, citada em comunicado da Universidade de Wollongong, na Austrália.
“Nos três dias de janeiro, Casey experimentou temperaturas mínimas acima de zero e temperaturas máximas acima de 7,5 ° C, com a temperatura mais alta já registrada de 9,2 ° C em 24 de janeiro, seguida pela temperatura mais baixa. alta, 2,5 ° C, na manhã seguinte”, explicou Robinson.
Em outras partes da Antártida temperaturas recordes também foram registrados em fevereiro. A base de pesquisa argentina Esperanza, no extremo norte da Península Antártica, registrou uma temperatura máxima de 18,4 graus Celsius em 6 de fevereiro.
Três dias depois, o novo recorde foi quebrado quando cientistas brasileiros relataram uma temperatura máxima de 20,75 graus Celsius na base de Marambio, também na Península Antártica, quebrando pela primeira vez a barreira de 20 graus no continente.