Cientistas americanos apontaram que a temperatura do ar teria passado do nível crítico para os seres humanos antes do previsto por modelos climatológicos em diversas partes do mundo.
Em condições normais, a temperatura do corpo humano oscila os 36,8 °C podendo manter tal nível quando a temperatura sobre a pele não ultrapassa os 35 °C.
Para lidar com o calor em excesso, o organismo começa a transpirar, medida usada para refrescar o corpo.
Contudo, tal estratégia do corpo possui um ponto limite que uma vez ultrapassado reduz sua eficácia.
Cientistas acreditam que tal limite seja os 35 °C segundo a temperatura de bulbo úmido, medida de calor que mostra as propriedades físicas de um sistema constituído pela evaporação da água no ar.
Temperaturas perigosas
Para entender melhor o assunto, cientistas americanos fizeram um estudo para prognosticar quando a temperatura do ar pode superar o nível crítico e também mortal para a humanidade, publicou a revista Science Advances.
Os resultados mostraram que os territórios ao sul da Ásia e Oriente Médio podiam superá-lo regularmente no terceiro quarto deste século.
Além disso, por diversas vezes tal medição alcançou os 31 °C e 33 °C em escala global, sendo que duas estações climáticas reportaram múltiplas vezes em um só dia temperaturas de bulbo úmido acima dos 35 °C.
Tal fenômeno, que pode passar a tolerância do corpo humano, na maior parte das vezes aconteceu entre uma e duas horas.
“Estas tendências ressaltam a magnitude das mudanças que têm tido lugar até esta data como resultado do aquecimento global“, escreveram os autores do estudo.
Além da Ásia e do Oriente Médio, tal fato já foi observado no golfo do México, e deverá também ser observado em regiões subtropicais.