Dois anos após a cúpula de Cingapura entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, a península coreana permanece em perigo de guerra nuclear.
Pyongyang e Pequim denunciam Washington e as falsas promessas de paz do governo Donald Trump.
A Coreia do Norte não vê mais motivos para manter seus contatos e negociações com os Estados Unidos. Em um comunicado por ocasião do segundo aniversário da cúpula de Cingapura, o aparato diplomático norte-coreano descreveu os passos de Pyongyang para resolver a crise e restaurar a paz e a prosperidade na Península. A Coreia do Norte contrasta seus esforços com a atitude dos Estados Unidos.
O texto enfatiza que as medidas de Pyongyang para o desarmamento nuclear e a construção de confiança mútua não mudaram a atitude hostil de Washington. A Coreia do Norte continua sendo o alvo dos mísseis nucleares dos EUA, e Washington continua suas provocadoras manobras militares com a Coréia do Sul. Nesse sentido, o governo norte-coreano garante que nunca mais permitirá a Washington receber crédito por uma conquista nas negociações, sem oferecer nada em troca.
A China, por sua vez, também acredita que a estagnação da situação e o aumento das tensões se devem à atitude indiferente dos Estados Unidos em relação à questão coreana.
A estagnação da situação também causou problemas na Coreia do Sul. Tensões crescentes provocaram reações dos cidadãos na forma de protestos e aumento da propaganda anti-Pyongyang. Na quinta-feira, para evitar danos desnecessários às relações com a Coréia do Norte, Seul anunciou que estava endurecendo sentenças contra pessoas que propagavam propaganda contra o vizinho do norte.