O secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, disse ao Conselho de Segurança da ONU na quarta-feira que o plano de Israel de aplicar soberania a partes da Judéia e da Samaria poderia desencadear “uma guerra religiosa dentro e fora de nossa região”.
“Se implementados, os planos israelenses de anexação não apenas prejudicariam as chances de paz hoje, mas também destruiriam qualquer perspectiva de paz no futuro”, disse Gheit, segundo a AP.
“Os palestinos perderão a fé em uma solução negociada, receio que os árabes também perderão o interesse pela paz regional. Uma nova realidade sombria surgirá diante desse conflito e na região em geral”, acrescentou.
O embaixador de Israel nas Nações Unidas, Danny Danon, disse ao Conselho de Segurança que “se Israel decidir estender sua soberania, o faria com relação a áreas sobre as quais sempre manteve uma reivindicação histórica e legal legítima”, segundo o relatório.
O ministro das Relações Exteriores da Autoridade Palestina, Riyad al-Maliki, ameaçou que “deixaremos de atuar como Autoridade Palestina” no momento em que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu declare “a anexação de um centímetro ou 30% da Cisjordânia”.
O ministro das Relações Exteriores da AP expressou sua esperança de que os Estados Unidos impediriam Israel de avançar com seu plano de soberania.
“Esperamos que o governo Trump dê instruções claras a Netanyahu para não prosseguir com a anexação e abrir a oportunidade para possível retomada das negociações entre palestinos e israelenses”, disse Maliki, segundo o relatório.
Netanyahu disse que planeja começar a implementar o plano de soberania de Israel a partir de julho.