Países da região nórdica da Europa afirmam que detectaram um leve aumento nos níveis de radioatividade no norte do continente neste mês, e autoridades da Holanda disseram no sábado (27) que talvez a fonte seja russa.
A radioatividade pode indicar que houve dano em um elemento combustível em uma planta nuclear, de acordo com os holandeses.
A resposta foi dada em um texto da agência de notícias russa Tass: as duas usinas nucleares no noroeste da Rússia não tiveram nenhum problema, de acordo com um porta-voz da operadora estatal que gerencia a energia nuclear no país, Rosenergoatom.
De acordo com a Tass, a usina Leningrado, perto de São Petesburgo, e a usina Kola, perto de Murmansk, “operam normalmente, com níveis de radiação dentro da norma”.
As agências que controlam a segurança radioativa na Finlândia, Noruega e Suécia afirmaram na semana passada que notaram quantidades baixas de isótopos radioativos, inofensivos aos humanos, em partes da Finlândia, no sul da Escandinávia e no Ártico.
A agência de segurança para radiação sueca afirmou na semana passada que não é possível confirmar qual seria a fonte do aumento de nível de radioatividade ou de onde vem a nuvem (ou nuvens) com isótopos radioativos que estariam passando pelos céus do norte da Europa.
As agências finlandesa e norueguesa também não fizeram especulações sobre a fonte potencial.
O Instituto Nacional de Saúde Pública e de Ambiente na Holanda disse na sexta-feira que analisou os dados encontrados nos países nórdicos e que esses cálculos mostram que os isótopos radioativos vieram da região oeste da Rússia.
“Os isótopos são artificiais, por isso pode-se dizer que são feitos por humanos. A composição pode indicar dano a um elemento combustível em uma usina nuclear”, disse a agência holandesa.
Como foram feitas poucas mensurações, ela não consegue identificar a fonte.
O porta-voz não identificado da Rosenergoatom disse à Tass no sábado que os níveis de radiação nas usinas de Leningrado e Kola e arredores “permaneceram inalterados em junho, e nenhuma mudança é observada no momento”.
“Ambas as estações estão trabalhando em regime normal. Não houve queixas sobre o trabalho do equipamento “, afirmou a Tass. “Não foram relatados incidentes relacionados à liberação de radionuclídeos fora das estruturas de contenção.”
Fonte: AP.