A China rejeita o projeto de Israel de anexar parte da Cisjordânia e pede que Israel se abstenha de tomar medidas que comprometam a paz na região.
O embaixador da China na Palestina, Guo Wei, reiterou na segunda-feira a rejeição de Pequim ao plano expansionista de Israel na Cisjordânia e alertou que qualquer medida unilateral pode prejudicar a paz e a estabilidade na região do oeste da Ásia.
O diplomata, em entrevista à agência de notícias palestina Wafa, repetiu o apelo da China por uma solução justa e abrangente para a questão palestina.
Guo alertou que a construção de assentamentos ilegais de Israel constitui uma violação do direito internacional e disse que o assunto deve ser resolvido através das resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
O embaixador chinês também pediu à comunidade internacional, particularmente estados influentes, que continuem apoiando a questão palestina e enviem esforços para avançar no processo de paz na Ásia Ocidental.
Ele expressou sua preocupação com os problemas econômicos sofridos pela população palestina, enquanto pedia o fim do bloqueio de Israel, imposto desde 2006 à Faixa de Gaza.
A anexação de um terço da Cisjordânia, prevista para julho, é um projeto israelense que faz parte do chamado ‘acordo do século’, patrocinado pelos EUA. Este plano, apresentado em janeiro pela Casa Branca, concede autonomia aos palestinos limitado dentro de uma pátria descontínua e deixa o premiado Vale do Jordão nas mãos de Israel.
A controversa iniciativa israelense na Cisjordânia levantou uma onda de condenação e rejeição entre os palestinos e entre a comunidade internacional.
A alta comissária da Organização das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, pediu a Israel na segunda-feira que pare seu plano “ilegal” de anexar partes da Cisjordânia, pois isso terá consequências perigosas duradouras.
Por seu lado, as facções da Resistência Palestina consideram o plano de Israel uma “declaração de guerra” e ameaçaram retaliar por esse odioso projeto.