O Pentágono denunciou nesta quinta-feira (2) que a China está fazendo exercícios militares ao redor de um arquipélago disputado por vários países no Mar da China Meridional. Para os Estados Unidos, essa atividade pode piorar a situação na região.
A região, em torno das Ilhas Paracel, tem disputas territoriais entre China, Vietnã e Taiwan — esse último, país que Pequim considera uma província chinesa rebelde.
“Estes exercícios violam, ainda, os compromissos assumidos pela China na Declaração sobre a Conduta das Partes no Mar da China Meridional de 2002”, lembrou Washington.
Neste texto, assinado pelos países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês), os países se comprometiam a evitar “atividades que pudessem complicar ou agravar os desacordos e ameaçar a paz e a segurança”, informou o exército americano.
Pressão sobre a China
Os exercícios militares são “o último episódio de uma longa série de atuações da China para fazer valer reivindicações marítimas ilegais e prejudicar seus vizinhos asiáticos no Mar da China meridional”, acrescentou o Pentágono em seu comunicado.
O Departamento de Defesa americano afirmou que só quer “uma região indo-pacífica livre e aberta, onde todos os países, pequenos e grandes, sejam seguros e soberanos, livres de toda a violência e possam desenvolver sua economia de acordo com as regras e as normas internacionais”.
O Pentágono, que pede a “todos os partidos a mostrar moderação”, advertiu que “continuará vigiando” as atividades militares chinesas na região.
Ilhas Paracel
As ilhas Paracel ficam em frente às costas chinesa e vietnamita que, juntamente com Taiwan, reivindicam a soberania deste território.
O arquipélago leva mais de 40 anos sob o controle de Pequim, que o militarizou, instalando mísseis ali.
A Marinha americana faz patrulhas frequentes perto do local e das ilhas Spratly, mais ao sul, para garantir a liberdade de navegação nas águas internacionais. Estas manobras suscitam protestos frequentes da China.
Fonte: AFP.