No final de junho, um think tank do governo chinês alertou para um possível conflito militar devido à implantação “sem precedentes” de forças militares dos EUA na região Ásia-Pacífico.
Agora, o portal The Drive relatou sobre os “progressos substanciais” feitos na base militar secreta dos EUA localizada na ilha Wake, descrita pela edição como “um remoto posto avançado da América nas profundezas do Pacífico”.
“A grande expansão começou no início deste ano no aeródromo [da ilha Wake] e ainda está em andamento”, escreve portal, referindo-se a novas imagens de satélite obtidas pela empresa privada dos EUA Planet Labs.
Os progressos incluem uma grande expansão da plataforma de estacionamento do aeródromo, construção da zona de apoio a norte e reconstrução completa na pista de decolagem.
Grande expansão no aeródromo na ilha Wake vista em imagens de satélite, enquanto os EUA se preparam para combate no Pacífico.
A expansão da base militar dos EUA na ilha Wake ocorre em meio a tensões entre Washington e Pequim na região Ásia-Pacífico, ao mesmo tempo que os dois países continuam enviando navios de guerra para exercícios na área.
No sábado (4), os Estados Unidos enviaram dois porta-aviões, o USS Ronald Reagan e o USS Nimitz, ao mar do Sul da China, onde as forças navais chinesas estão também realizando manobras militares.
Após a implantação dos navios, o Ministério das Relações Exteriores da China rejeitou as críticas do Pentágono relativamente às manobras realizadas por Pequim no mar do Sul da China. Segundo o ministério, os exercícios estão sendo realizados de acordo com a soberania do país.
No fim de junho, Wu Shicun, presidente do Instituto Nacional de Estudos do Mar do Sul da China, um think tank do governo chinês, disse que o destacamento militar dos EUA na região de Ásia-Pacífico era “sem precedentes”.
Em entrevista à AFP Shicun considerou que “a possibilidade de [ocorrer] um incidente militar ou um tiro acidental [na região] está aumentando”.
Além disso, segundo estimativas dele, os EUA enviaram cerca de 375.000 soldados e cerca de 60% de seus navios de guerra para a região, incluindo três dos seus porta-aviões.
Anteriormente, o Departamento de Defesa dos EUA demonstrou preocupação com a decisão de Pequim de conduzir manobras militares no mar do Sul da China ao longo desta semana.