Presidente bielorrusso Aleksandr Lukashenko afirmou que seu país colocou militares em prontidão de combate e que os mesmos “estão preparados para cumprir o seu dever”.
A declaração do presidente foi parte de sua fala durante reunião com membros do Conselho de Segurança da Bielorrússia.
Segundo reportou a agência Belta, Lukashenko, em relação a declarações de líderes de outros países, disse:
“Assim, estas declarações testemunham que quando nós discutimos tal questão no Ministério da Defesa, o presidente [falando de si] estava certo. E graças a Deus que nós reagimos a isso e desdobramos unidades de combate do nosso Exército nos limites ocidentais de nossa fronteira e as colocamos em prontidão total de combate. O ministro da Defesa me reportou que tudo foi feito e que as correspondentes unidades hoje estão prontas para o cumprimento de seu dever.”
Em relação à situação política em seu país, em particular sobre os movimentos nas ruas de opositores ao governo, Lukashenko adicionou:
“Mais uma vez ressalto: é uma pena que determinadas unidades, particularmente das forças de operações especiais, tivemos de as acionar para pôr ordem dentro do país. Mas isso é uma determinada parcela de nossa população. Não é que ela não entenda [a situação], ela faz isso de propósito.”
Além disso, o presidente criticou a organização e atuação da oposição bielorrussa durante os últimos dias.
“O novo elemento [na estratégia da oposição] é a tentativa de adormecer o governo, em especial as estruturas de segurança: ‘Nós somos pacíficos, somos bons, entendem, nós já não queremos confronto.’ Isso é assim e não é. Isso é uma fachada. Se olharem por trás dela [fachada] vocês vão ver o que está acontecendo”, acrescentou o chefe de Estado.
Protestos
No último dia 9 a Bielorrússia foi palco de eleição presidencial, na qual Lukashenko saiu vitorioso com 80,1% dos votos, segundo dados oficiais.
Não satisfeitos com o resultado do pleito, bielorrussos oposicionistas saíram às ruas do país em protesto, tendo alguns demandado nova eleição e mudança de poder.
Por sua vez, candidatos rivais a Lukashenko não reconheceram a legitimidade da eleição.
Enquanto isso, protestos marcaram tanto a capital Minsk quanto outras cidades bielorrussas.
Acompanhando a onda de protestos, trabalhadores de diferentes empresas decidiram entrar em greve em ato contra Lukashenko.