Israel e Bahrein concordaram em estabelecer laços diplomáticos menos de um mês após os Emirados Árabes Unidos terem feito o mesmo em um acordo de paz mediado pelos EUA em agosto. A decisão foi condenada pelo Irã e Palestina.
Após o Bahrein decidir normalizar as relações com Israel, o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã (IRGC, na sigla em inglês) advertiu que o país poderia enfrentar uma “dura vingança” por parte de seu próprio povo, junto com os palestinos.
“O carrasco governante do Bahrein deve esperar por uma dura vingança dos mujahideen [combatentes islâmicos], a fim de libertar Quds [Jerusalém] e a orgulhosa nação muçulmana deste país”, lê-se no comunicado do IRGC, citado pela agência Reuters.
O comunicado chamou a decisão de estabelecer a paz com Israel “uma grande loucura”, dizendo que ela “carece de qualquer legitimidade e receberá as respostas adequadas”.
Ontem, o Ministério das Relações Exteriores iraniano condenou o acordo com o Bahrein, que chamou de “ato vergonhoso que sacrifica a causa da Palestina”.
As ações do Bahrein foram também rejeitadas pela Autoridade Palestina, que denunciou a decisão do país como uma traição aos palestinos.
Outros países, como o Egito, os Emirados Árabes Unidos e a União Europeia, saudaram a decisão do Bahrein de reconhecer Israel, elogiando-a como um contributo para o estabelecimento da estabilidade no Oriente Médio.