Em 2019, esse vírus adoeceu 38 pessoas nos EUA, sendo dez no estado de Michigan. A doença transmitida por mosquitos tem um alto índice de letalidade em cavalos.
As autoridades do Departamento de Saúde do estado de Michigan (MDHHS, na sigla em inglês), nos EUA, relataram na terça-feira (15) o primeiro caso suspeito de encefalite equina do leste (EEE, em inglês) em humano.
O homem infectado deu positivo nos primeiros testes, embora os resultados definitivos devam ser divulgados apenas no final da semana. O MDHHS destacou que este caso detectado em humanos se soma a outros 22 casos confirmados em cavalos, localizados em dez municípios.
“Este suposto caso de EEE em um residente de Michigan mostra que é uma ameaça contínua à saúde e segurança da população, e exige ações contínuas para evitar a exposição, incluindo fumigação na aérea”, afirmou Joneigh Khaldun, diretor-adjunto do MDHHS.
Alta taxa de mortalidade
Em 2019, o vírus infectou 38 pessoas nos EUA. Este ano, até 9 de setembro, Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA confirmaram cinco casos humanos de EEE, dos quais três no estado de Massachusetts e dois em Wisconsin.
Entre as medidas de prevenção, recomenda-se aos residentes que se protejam das picadas de mosquitos e cancelem as atividades ao ar livre, pelo menos após anoitecer, para reduzir o risco de picadas.
De acordo com declaração das autoridades de Michigan, EEE “é uma das doenças transmitidas por mosquitos mais perigosas nos Estados Unidos, com uma taxa de mortalidade de 33% em pessoas e 90% em cavalos”.
Características da doença
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o EEE é produzido por um vírus de mesmo nome, que é transmitido ao homem pela picada de mosquitos infectados.
O tempo de incubação é de sete a dez dias e os sintomas, em 94% dos casos, consistem em quadro febril (entre 39 °C e 40 °C) que desaparece em aproximadamente quatro ou cinco dias. No entanto, os infectados também podem ter dores de cabeça, mal-estar, calafrios, dores nos ossos, náuseas, vômitos e diarreia.
A OPAS alerta que “EEE tem alto índice de letalidade” e que nos pacientes sobreviventes há alta frequência de “sequelas neurológicas permanentes (principalmente em menores de cinco anos), como retardo mental, convulsões e paralisia, dado danos cerebrais graves”.