Os esforços da Alemanha para combater a peste suína africana esbarraram em mais um obstáculo depois que um javali infectado foi encontrado a 60 quilômetros fora da área inicialmente afetada.
Dois outros javalis deram positivo para a peste suína africana, o que eleva para 38 o número de animais selvagens infectados desde que o primeiro caso foi identificado no maior produtor de carne suína da Europa há três semanas, disse o Ministério da Agricultura na quarta-feira. Embora todos os casos permaneçam no estado de Brandemburgo, um dos novos casos foi um porco baleado por um caçador em Maerkisch Oderland, fora da zona de contenção anterior e perto da fronteira com a Polônia.
“O estado de Brandemburgo deve agora adaptar as zonas de proteção existentes e as medidas preventivas adequadamente a fim de evitar que a doença se espalhe”, disse o ministério. O governo do estado disse que agora aborda o surto como “dois eventos epidêmicos separados” e alertou que as infecções permanecem “altamente dinâmicas” na vizinha Polônia.
A Alemanha já adotou medidas extremas para controlar a doença, que não é prejudicial aos humanos, mas é altamente infecciosa e muitas vezes mortal para suínos. As medidas incluem equipes de cães de busca, construir cercas e implantar drones e helicópteros com tecnologia de imagem térmica para procurar javalis.
A maior parte do plantel de suínos da Alemanha é criada em ambientes fechados e, embora a peste suína africana não tenha atingido nenhuma fazenda, os principais compradores, como China e Coreia do Sul, proibiram a importação de produtos alemães, o que levou os preços no atacado da carne suína alemã ao menor nível em quatro anos. Os preços dos suínos também caíram em vários países vizinhos diante do excesso de oferta na União Europeia.
A Alemanha, cuja principal região pecuária está localizada mais ao oeste, ainda pode comercializar dentro do bloco.
Fonte: Bloomberg.