A pressão da opressão islâmica está presente principalmente na vida privada, comunidade e igreja e é exercida em ambientes sociais. Já a pontuação para violência diminuiu de 13 para 12,6, a maior parte da queda é explicada por uma pequena queda no número de prédios cristãos que foram atacados, que passou de 7 para 5.
Como a opressão islâmica é o principal tipo de perseguição presente na Síria, ela é responsável pela maioria das atrocidades e atos de perseguição cometidas contra cristãos. Os militantes de grupos extremistas islâmicos são, atualmente, as maiores fontes de perseguição no país. Eles operam abertamente no Noroeste da Síria e em toda a região norte. Nas áreas onde exercem controle, líderes islâmicos seguem uma política de marginalizar os cristãos e outras minorias ou de forçá-los a fugir para outras áreas. Nessas áreas, é difícil distinguir entre “líder religioso” e “grupo religioso violento”.
Militantes islâmicos controlam menos de 25% do território sírio
Os cristãos tinham um certo grau de liberdade religiosa antes da guerra civil, o que mudou com a chegada dos grupos militantes islâmicos. Desde 2016, o EI (Estado Islâmico) tem perdido território e até mesmo o controle de sua autoproclamada capital, Raca, em outubro de 2017. No entanto, a ameaça de retaliação pelo EI ainda existe. Em outubro de 2018, tornou-se claro que os militantes islâmicos estavam no controle de menos de 25% do território sírio.
A opressão islâmica também está presente em áreas controladas pelo governo, onde afeta principalmente os cristãos ex-muçulmanos. Nesse caso, a pressão é exercida pela família e comunidade dos convertidos. Discurso de ódio e zombaria contra cristãos por parte de líderes islâmicos ocorrem, mas não são permitidos em áreas controladas pelo governo.
Uma das principais características da população cristã da Síria é a combinação de sua identidade étnica e religiosa. Os cristãos sírios estão concentrados em áreas estratégicas do país, que são vitais tanto para os esforços de guerra do governo quanto da oposição, como as cidades de Alepo, Damasco e Homs (essa última no Sul, perto da fronteira com o Líbano). Essa concentração de cristãos em áreas estratégicas é um fator que os torna vulneráveis, assim como seu suposto apoio ao governo.