Com a suspensão do embargo de armas, o Irã defende o aumento da cooperação com a Rússia, como um de seus principais parceiros na esfera militar.
“A Rússia tem sido o principal parceiro militar e de defesa do Irã por anos. Agora, com o levantamento do embargo de armas [anti-Irã], os dois países podem fortalecer as perspectivas de cooperação mútua no campo militar”, disse o porta-voz do Itamaraty, Said Jatibzade, na quarta-feira.
Em declarações oferecidas em entrevista exclusiva à agência de notícias russa Sputnik, o diplomata iraniano explicou que, embora Teerã possa obter todos os equipamentos e armas necessários sem restrições legais, qualquer compra de armas “de países amigos” dependerá das necessidades. no setor de defesa do país persa.
Jatibzade não descartou que os Estados Unidos, “viciados em sanções”, estejam tentando compensar tanto sua óbvia derrota no Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), quanto por sua incapacidade de ressuscitar as sanções já levantadas pelo acordo nuclear de 2015. e no âmbito da Resolução 2231 do Conselho, que endossa o referido pacto, oficialmente denominado Plano de Ação Conjunta Abrangente (PIAC ou JCPOA, por sua sigla em inglês).
No entanto, o porta-voz iraniano garantiu que qualquer movimento de Washington para impor sanções unilaterais ao Irã viola o direito internacional e está fadado ao fracasso.
O embargo de armas contra o Irã expirou no domingo, após a recusa esmagadora de membros do Conselho de Segurança em apoiar os esforços e pressão de Washington para encerrar o pacto nuclear de 2015 e a Resolução 2231.
O embargo de armas anti-iraniano impulsionou o desenvolvimento da indústria nacional, de modo que Teerã alcançou a autossuficiência no campo da indústria defensiva; No entanto, afirma que o levantamento de tais sanções não desviará a República Islâmica de seu princípio de não promover uma corrida armamentista na região da Ásia Ocidental.