Não, Israel não está em guerra. Pelo menos por enquanto. Mas as ameaças são enormes. As ameaças vêm do Norte (Hezbollah e Síria) e da Faixa de Gaza.
As Forças de Defesa de Israel completaram hoje a primeiro exercício deste ano, uma simulação em larga escala de uma guerra no Norte contra o Hezbollah e outros párias iranianos, e em menor escala contra a Faixa de Gaza.
Denominada como “Seta letal”, o exercício visou melhorar a capacidade militar ofensiva, especialmente no número de alvos a conseguir atingir diariamente. Este exercício iniciou-se no passado Domingo e foi o maior realizado em 2020, juntando as forças regulares no ativo aos reservistas, embora a sua dimensão tenha sido reduzida devido à pandemia.
“Este exercício é especial por 3 razões principais” – informou o chefe das FDI Aviv Kohavi, acrescentando: “Por um lado, estabelecemos para nós próprios um objetivo de melhorarmos as nossas capacidades ofensivas; em segundo lugar, este é um exercício que estabelece uma linha desde o nível do batalhão até ao staff do general, com toda a coordenação e cooperação entre os diversos ramos (dos militares); e em terceiro lugar, este exercício tem um número de novos elementos que estamos assimilando (no exército).”
Segundo um dos chefes militares, este exercício simulou a pior das situações em simultâneo: uma guerra contra o Hezbollah e forças relacionadas no Líbano e na Síria, contra grupos terroristas em Gaza, e contra párias do Irã “em países não fronteiriços.” Não foram especificados que países seriam. Os ataques inimigos incluiriam bombardeamentos massiços com artilharia sobre Israel, na forma de simples foguetes e mísseis teleguiados de alta precisão, bem como ataques com mísseis de cruzeiro.
Estes exercícios correspondem aos novos e atualizados planos de guerra para o Norte aprovados há 2 semanas, em preparação para um possível ataque do Hezbollah.
“Estamos preparados – depois deste exercício, ainda melhor preparados – e prontos para qualquer desenvolvimento, desde um dia de conflitos até mais do que isso” – afirmou um responsável militar.