“Deus abençoe você Donald e Melania” dizia o pôster pendurado sobre uma rodovia israelense durante a campanha eleitoral dos EUA. Em áreas palestinas próximas, grafites anti-Trump adornavam as paredes.
Talvez em nenhum lugar fora de seu próprio país o presidente Donald Trump polarizou mais as opiniões do que em Israel e nos Territórios Palestinos, onde para muitos ele foi herói ou vilão.
Israel valoriza seus laços com os líderes dos Estados Unidos, tradicionalmente o aliado mais próximo do país. Mas Trump e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu tinham um relacionamento público especialmente próximo.
Essa ligação significava que o rosto de Trump estava em toda parte em Israel. Sua imagem até adornava os próprios pôsteres eleitorais de Netanyahu e aparecia com destaque na página do primeiro-ministro israelense no Facebook.
“Trump Heights” foi o nome dado a um novo assentamento nas Colinas de Golan ocupadas por Israel, depois que ele reconheceu a reivindicação de soberania de Israel sobre o planalto que foi capturado da Síria em uma guerra de 1967.
O nome de Trump também adorna a parede da embaixada dos EUA que ele mudou para Jerusalém em 2018.
Tais decisões enfureceram os palestinos, que reivindicam Jerusalém Oriental como uma futura capital e consideram o apoio de Trump a Israel como uma forma de minar seu próprio objetivo de constituir um Estado. Os palestinos não tiveram contato político com Trump durante a maior parte de sua presidência.
A animosidade entre Trump e a liderança palestina fez dele um alvo da arte de protesto.
Enormes imagens de Trump – uma do líder dos EUA abraçando uma torre de vigia israelense – foram pintadas no muro militar israelense que corta a Cisjordânia, juntando-se a outros pichações políticos acerbos espalhados por palestinos.