O Parlamento turco aprovou na terça-feira o projeto de decreto do presidente Recep Tayyip Erdogan, que planeja enviar tropas ao Azerbaijão.
O decreto permite o envio das Forças Armadas turcas ao Azerbaijão por um período de um ano.
O documento foi apoiado pelos deputados do governista Partido da Justiça e Desenvolvimento e pelos do Partido Popular Republicano, principal partido da oposição, bem como pelo Partido da Ação Nacionalista e do Partido do Bom.
A medida é tomada uma semana após o fim da guerra na disputada região de Nagorno Karabakh, entre o Azerbaijão e a Armênia. O tratado que encerrou o conflito foi adotado em 10 de novembro pelo presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, pelo primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan, e pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin.
De acordo com o documento, Baku e Yerevan param nas posições já ocupadas e uma parte do território de Nagorno Karabakh, incluindo a estrategicamente importante cidade de Shushi, é transferida para o Azerbaijão. Além disso, a Armênia deve devolver várias regiões ao Azerbaijão: Kalbajar antes de 15 de novembro, Agdam antes de 20 de novembro e Lachin antes de 1º de dezembro.
O acordo também prevê a implantação ao longo da linha de contato de Nagorno Karabakh e do corredor de Lachin de um contingente de manutenção da paz russo que incluirá 1.960 soldados armados, 90 veículos blindados de transporte de pessoal e 380 unidades automotivas e equipamentos especiais.
Em 11 de novembro, um memorando sobre o estabelecimento de um centro conjunto russo-turco para controlar o cessar-fogo em Nagorno Karabakh foi assinado, após conversas entre o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, e seu homólogo turco Hulusi Akar.