No início desta semana, apareceram especulações na Internet alegando que o sistema de resfriamento do principal reator da Usina Nuclear de Astravets, na Bielorrússia, estava danificado.
Apesar do porta-voz do Ministério da Energia bielorrusso ter negado tais alegações, o representante do Ministério do Interior da Lituânia, Mindaugas Bayarunas, aconselhou os cidadãos lituanos a armazenarem alimentos em seus lares, caso ocorra um acidente com a planta nuclear bielorrussa, situada a 50 quilômetros da capital lituana Vilnius.
Comidas enlatadas, cereais, óleo vegetal, açúcar e água são alguns dos mantimentos essenciais recomendados pelas autoridades. Segundo Bayarunas, a população deve armazenar uma quantidade de bens que dure pelo menos três dias. O representante afirma que “todas as funções das autoridades responsáveis estão claramente definidas, mas pode demorar algum tempo para chegarem [os auxílios] até as pessoas, por isso todos devem estar preparados”, contou à estação de rádio nacional LRT.
No início desta semana, o presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, aprovou os termos para o comissionamento de ambas as unidades da Usina Nuclear da Bielorrússia (BelNPP, na sigla em inglês), que por sua vez é o maior projeto econômico entre a Bielorrússia e a Rússia. É importante referir que o empreiteiro da construção é a Atmostroyexport, o qual faz parte da empresa nuclear estatal russa, Rosatom.
A Lituânia acusa a BelNPP de ser uma ameaça à segurança nacional, e de não respeitar os requerimentos internacionais em questões de energia nuclear, tendo por isso proibido o comércio com a mesma, tanto de forma direta como em exportações de produtos através do país.
Da parte de Minsk, foi garantido que a segurança da usina nuclear será considerada nos mais altos padrões.