“Jerusalém permanecerá intacta, mas há espaço para uma capital palestina nela”, disse o ministro da Defesa, Benny Gantz, ao noticiário árabe Asharq al-Awsat em uma entrevista publicada na quinta-feira, informou a mídia israelense.
Ele expressou sua esperança de que a paz no Oriente Médio pudesse começar a ser alcançada tentando resolver o conflito israelense-palestino.
“Quero que os palestinos façam parte do processo de paz”, disse ele.
O ex-prefeito de Jerusalém e atual paralmentar Nir Barkat atacou imediatamente Gantz, afirmando que, “Jerusalém é a capital de apenas uma nação. É a capital do eterno povo judeu” e é “a capital do Estado de Israel”.
Ze’ev Elkin, que é ministro da Educação Superior e Secundária e ministro dos Recursos Hídricos, tuitou: “Benny está confuso. Não há espaço para uma capital palestina em uma Jerusalém unida – não há e nunca haverá. É tão simples: Não.”
A comunidade internacional e os palestinos afirmam que Jerusalém Oriental, incluindo a Cidade Velha, é a futura capital de um estado palestino. Israel acredita que uma Jerusalém unida deve permanecer em suas mãos como a capital do estado judeu.
As palavras de Gantz, no entanto, são consistentes com o plano de paz do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que permitiu a Israel manter a soberania sobre o território em Jerusalém dentro dos limites da barreira de segurança. Ele colocou áreas da cidade de Jerusalém fora da barreira, dentro dos limites de um futuro estado palestino.
O ministro de Jerusalém e do Patrimônio, Rafi Peretz, criticou duramente a declaração de Gantz, dizendo que “Jerusalém Unida é a capital eterna do povo judeu”.
Ele continuou: “Não é a capital de mais ninguém. Gantz: pelo que te conheço, você também acredita.”