Moscou tem repetidamente detectado navios de guerra da OTAN, incluindo navios armados com mísseis de cruzeiro, muito perto das águas territoriais da Rússia, o que só piora as relações já tensas com a Aliança Atlântica.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, instruiu o Ministério da Defesa a responder imediatamente a uma implantação de mísseis por nações ocidentais perto das fronteiras russas se necessário.
Durante a última reunião deste ano do Ministério da Defesa da Rússia, Putin notou o caráter “incessante” das atividades militares da OTAN, lamentando, em especial, a saída dos EUA de tratados internacionais, o que degradou sistemas globais de controle de armamentos.
“Nós não pretendemos produzir e instalar mísseis de médio e curto alcance na parte europeia da Rússia, bem como em outras regiões do país. Mas devemos estar preparados para responder prontamente à implantação de meios semelhantes por países ocidentais perto das nossas fronteiras. Em caso de necessidade obrigatória, realize todas as atividades retaliatórias o mais rápido possível”, ordenou o presidente russo ao Ministério da Defesa.
“Eu não tenho dúvidas de que o faremos tanto no que se refere aos locais de implantação dos respectivos sistemas, que vão nos ameaçar, como os seus postos de comando”, ressaltou.
Putin acrescentou que a Rússia continuará desenvolvendo rapidamente suas Forças Armadas e mantendo elevada prontidão de combate das suas forças nucleares para garantir a segurança e a paridade estratégica na arena global.
Além disso, o presidente salientou que a Rússia nunca ficará para trás em relação a outras nações que gastam quantias exorbitantes de dinheiro em armas.