O governo de Israel enfrenta dificuldades para que a sua proposta de orçamento seja aprovada no Parlamento e, se o projeto não passar pelos deputados no prazo (meia-noite desta terça-feira, 22), a lei exige que sejam convocadas novas eleições.
Atualmente, o país é governado por uma coalizão de dois líderes: o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e seu principal parceiro, Benny Gantz.
Os dois tentam adiar o prazo final para a aprovação do orçamento, mas a primeira iniciativa foi derrotada no Parlamento.
Pela lei, não aprová-lo dentro do prazo obriga Israel a ir às urnas em março, e nem os parlamentares, nem o gabinete já o aprovou, um processo que é quase impossível finalizar em um único dia.
Netanyahu, que comanda o partido de direita Likud, e Gantz, ministro da Defesa que lidera o partido de centro Azul e Branco, criaram um governo de união em maio depois de três eleições inconclusivas realizadas a partir de abril de 2019.
Conforme o pacto, Gantz assume como premiê no lugar de Netanyahu em novembro de 2021 e um orçamento bienal para 2020 e 2021 tem que ser aprovado.
Analistas afirmam que Netanyahu tem planos para não ceder seu cargo, e desde então o Likud exigiu aprovar os orçamentos separadamente, enquanto o Azul e Branco insistiu que Netanyahu se ativesse ao combinado.
O atual primeiro-ministro está sendo julgado por acusações de corrupção.
Até agora, Israel tem conseguido administrar suas finanças com base em uma versão rateada do orçamento de 2019.
O impasse fiscal atual mergulhou o país em mais incerteza econômica no final de um ano no qual uma retração induzida pelo coronavírus deve reduzir o Produto Interno Bruto (PIB) em 4,5% e a taxa de desemprego está em 12,1%.
Israel iniciou sua campanha de vacinação nesta semana.
Fonte: Reuters.