A expansão do confronto militar ao ciberespaço e ao espaço aumenta os riscos de uma interferência nos sistemas de comando e uso de armas nucleares, alertou nesta quinta-feira o chefe do Estado-Maior da Rússia, general Valeri Gerasimov.
Segundo ele, são crescentes os riscos de “incidentes por interferências no funcionamento dos sistemas de controle e garantia do uso de armas nucleares”. Nessas condições, a dissuasão nuclear continua sendo o “elemento-chave para manter a segurança militar da Rússia”, disse ele em reunião com adidos militares de embaixadas estrangeiras em Moscou.
Gerasimov lembrou que em 5 de fevereiro, o START III (Tratado de Redução de Armas Estratégicas), assinado em 2010. “Depois dessa data, nem a Rússia nem os Estados Unidos terão limitações” para desenvolver armas desse tipo em caso esse acordo bilateral não seja prolongado.
O Chefe do Estado-Maior Russo definiu esta situação como “complicada, mas superável”.
Moscou continua a considerar seu arsenal nuclear como um meio de dissuadir potenciais inimigos de lançar uma agressão contra a Rússia, explicou o chefe militar, que negou as declarações que sugerem que as Forças Armadas do país eurasiático estão sendo governadas por um novo conceito de “escalada para a redução da escalada”. “Não há nada parecido nos documentos russos”, disse ele.