Irã está reforçando os sistemas de defesa antiaérea situados perto de suas instalações nucleares, como medida de precaução contra possíveis ataques de mísseis dos EUA, noticiou na quinta-feira (24) o jornal Al-Qabas.
A medida foi adotada em meio a crescentes tensões entre Teerã e Washington antes do fim do mandato do presidente dos EUA, Donald Trump.
Na quarta-feira (23) o líder americano escreveu no Twitter que o recente ataque de foguetes contra a embaixada dos EUA no Iraque foi conduzido a partir do território do Irã, advertindo que Washington responsabilizaria Teerã se algum cidadão americano fosse morto em novo ataque. Por sua vez, a República Islâmica negou as alegações.
Segundo o jornal, editado no Kuwait, Teerã implantou sistemas de defesa antiaérea e radares da força aeroespacial do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) a fim de proteger as instalações vitais do programa nuclear do Irã contra ataques que visam interromper o processo de enriquecimento de urânio.
Em particular, as precauções foram tomadas na província de Isfahan, onde se localiza a usina de enriquecimento de urânio Natanz.
A embaixada dos EUA em Bagdá informou no domingo (20) que o último ataque de foguetes contra a Zona Verde, que hospeda missões diplomáticas e prédios do governo, infligiu alguns danos menores às suas instalações.
A Zona Verde em Bagdá se tornou recentemente alvo de muitos ataques de foguetes, levando a administração dos EUA a considerar fechar a sua embaixada na área.