O Ministério da Defesa de Israel deverá se reunir para aprovar construções na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, no último suspiro da administração Trump.
Responsável pela autorização da construção de assentamentos, o Ministério da Defesa de Israel deve se reunir nas próximas duas semanas – pela primeira vez desde a eleição presidencial de novembro nos EUA – para avançar com os planos de construção na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, de acordo com a emissora pública KAN, segundo o The Times of Israel.
Em novembro, o município de Jerusalém teria aprovado a construção de 108 habitações em Ramat Shlomo. Uma fonte municipal de Jerusalém contou que o comitê de planejamento e construção local avançará em breve, “esperançosamente antes da cerimônia de posse” de Biden, a ser realizada em 20 de janeiro, diz a mídia israelense.
A equipe em questão não se reúne há mais de sete meses, o que os líderes colonos atribuíram a um congelamento de construção sancionado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, enquanto o último se preparava para acordos de normalização – já assinados – com os Emirados Árabes Unidos e Bahrein.
A declaração enfureceu Biden, uma vez que Washington se opôs à construção israelense em Jerusalém Oriental, desejada pelos palestinos como capital do seu eventual futuro Estado. O democrata declarou em um comunicado que a construção “mina a confiança de que precisamos agora, e vai contra as discussões construtivas que tive aqui em Israel”.
A vasta maioria dos planos avançados é para assentamentos no interior da Cisjordânia, fora das grandes zonas urbanas, um território que Israel provavelmente não manteria como parte de uma troca de terras em qualquer futuro acordo de paz realista, segundo a ONG Paz Agora.
Segundo o artigo, a maior parte da comunidade internacional considera a construção de assentamentos uma violação do direito internacional.