Departamento de Defesa dos EUA anunciou nesta sexta-feira (15) que a estrutura do Comando Central dos EUA (CENTCOM, na sigla em inglês) seria ajustada a fim de incluir a supervisão de Israel.
Esta medida importante tem sido almejada há muito tempo por grupos pró-Israel, apesar das tensões de longa data entre Tel Aviv e seus vizinhos regionais.
A área de responsabilidades da CENTCOM engloba o Oriente Médio e a Ásia Central e do Sul, uma vasta região que tem população superior a 550 milhões de pessoas.
Esta mudança no protocolo sugere que Israel poderia desempenhar um papel mais central na colaboração com os parceiros regionais a fim de conter o Irã, enquanto esta medida também serviria como último esforço da administração Trump para moldar a agenda de segurança nacional do presidente eleito dos EUA Joe Biden.
Ao confirmar a mudança, o Departamento de Defesa informou em uma declaração que Tel Aviv seria retirada da área de responsabilidade do Comando Europeu dos EUA, explicando que as reavaliações têm sido realizadas “a cada dois anos.”
“Estruturamos os limites para mitigar melhor os riscos e proteger os interesses dos EUA e seus parceiros. A atenuação das tensões entre Israel e seus vizinhos árabes através dos Acordos de Abraão proporcionou uma oportunidade estratégica para que os EUA alinhem seus principais parceiros contra ameaças comuns no Oriente Médio”, aponta o comunicado.
Relativamente a esta mudança, The Wall Street Journal citou Anthony Zinni, um general aposentado do Corpo de Fuzileiros dos EUA e ex-chefe da CENTCOM, que disse que “o momento poderia ser o certo” para transferir Israel sob o comando militar, e assim “poderíamos ver mais países árabes reconhecendo Israel”.