Governo norte-americano pretende proteger seus militares no deserto buscando bases substitutas, caso aconteça alguma situação de ameaça em relação a escalada de tensões com o Irã.
O Exército dos EUA está procurando bases alternativas na Arábia Saudita para evitar que suas tropas posicionadas no local se tornem alvos fáceis em caso de ameaças do Estado iraniano, segundo o The Times of Israel.
De acordo com chefe do Comando Central do Exército dos EUA (CENTCOM, na sigla em inglês), Kenneth McKenzie, não há busca por bases novas, mas por substitutas, mediante alguma situação de ameaça.
“Não procuramos novas bases. Quero deixar isso claro. O que gostaríamos de fazer, sem fechar essas bases [atuais], é ter a possibilidade de ir a outras bases para operar em um período de maior risco”, disse o chefe do Comando citado pela mídia.
Na sua visão, a busca por bases alternativas seria sensata no atual contexto em que se encontram os dois países já que “essas são coisas que qualquer planejador militar prudente gostaria de fazer para aumentar sua flexibilidade, para ser mais difícil do adversário nos alvejar”.
No dia 21 de janeiro, o The Wall Street Journal já havia noticiado sobre planos para portos e bases aéreas no deserto, que os militares norte-americanos buscariam desenvolver como posições a serem usadas se uma guerra estourasse com o Irã.
No final do ano passado, os EUA realizaram um demonstrativo de força ao implantar porta-aviões USS Nimitz na região e sobrevoar a área com dois bombardeiros B-52. O objetivo seria impedir Teerã de realizar qualquer ataque às forças dos EUA no primeiro aniversário do assassinato do major-general iraniano Qassem Soleimani, efetuado pelos Estados Unidos, segundo a mídia.
O Irã tem uma capacidade de mísseis de até dois mil quilômetros, potente o suficiente para alcançar Israel e as bases militares dos EUA no deserto. Em janeiro, o Teerã realizou uma série de exercícios de mísseis balísticos.
Nesta quinta-feira (19), a administração de Joe Biden aceitou o convite da União Europeia para voltar a mesa de discussões com o Irã sobre o acordo nuclear.