Jatos de guerra gregos apresentaram-se como ameaça a uma embarcação de pesquisa científica turca no norte do mar Egeu nesta terça-feira (23), conforme reporta mídia turca.
Um dos quatro jatos gregos aproximou-se do TCG Cesmea, no oeste da ilha de Lemnos, lançando cartuchos de palha a cerca de duas milhas náuticas (aproximadamente 3,7 quilômetros), conforme reportaram fontes de segurança citadas pela agência Anadolu.
O navio TCG Cesme estaria conduzindo atividades de levantamento hidrográfico quando o incidente ocorreu, sendo que a embarcação supostamente deveria permanecer na zona para concluir sua pesquisa científica anual até 2 de março.
O ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, confirmou que este era mais um caso de “assédio frequente de nossos vizinhos gregos. A resposta necessária foi dada dentro das regras”.
As tensões entre Atenas e Ancara na região vêm aumentando desde o recomeço do diálogo entre ambos os países, sendo que a Grécia tem sido o ator a demonstrar mais hostilidade, de acordo com a mídia turca.
Por exemplo, desde 25 de janeiro, quando os diálogos iniciaram, cerca de 20 embarcações e várias aeronaves gregas têm conduzido exercícios militares na área. Entre 10 e 17 de fevereiro, Atenas emitiu informações sobre atividades submarinas, anunciando que as ilhas de Agios Efstratios, Samotrácia, Limnos, Thasos, Lesbos, Chios, Psara, Ahikeria, Samos e Meis (agora desmilitarizadas) estavam dentro de suas águas territoriais.
Especialistas na área de segurança descreveram as atividades gregas como indicação clara de que Atenas estaria aversa a qualquer tipo de compromisso, negociações ou diálogo. As autoridades turcas, por sua vez, dizem estarem dispostas a resolver pacificamente os problemas na região em causa, conforme reporta a Anadolu.
Por outro lado, um funcionário do Ministério da Defesa da Grécia negou tais acusações, dizendo que “jatos gregos nunca assediaram a embarcação turca”, citado pelo Express.
De acordo com a mídia britânica, Atenas teria protestado na quinta-feira passada (18) contra o envio do TCG Cesme para o mar Egeu, considerando que tal ato seria uma ação “desnecessária”.