Em 25 de fevereiro, um navio mercante, propriedade de um empresário israelense mas com bandeira das Bahamas, sofreu uma explosão enquanto atravessava o golfo de Omã.
Segundo reporta o The Times of Israel, oficiais israelenses anônimos afirmam que, por trás da explosão no navio, teria estado o Irã.
Outros relatos anônimos citados pelo Haaretz e pelo Canal 13 informaram que o Irã, supostamente, saberia que a embarcação era propriedade de um empresário israelense. Este, por sua vez, rejeita especulações relacionadas com o possível envolvimento da República Islâmica.
Outra fonte anônima, citada pelo Canal 12, apontou que a explosão teria sido causada por um míssil lançado de um navio de guerra iraniano, conta a mídia israelense.
Na sexta-feira (26), a companhia de gestão de risco marítimo Dryad Global postou em sua conta do Twitter que a explosão poderia ter sido resultado de “atividade assimétrica de forças militares do Irã”. Porém, até agora, Teerã não comentou o assunto.
A companhia identificou o navio como sendo o MV Helios Ray, e apontou que a explosão teve lugar a cerca de 80,5 quilômetros da capital de Omã, Mascate, com 28 tripulantes a bordo, que não sofreram danos pessoais.
Autoridades israelenses acreditam que Irã esteve por trás da explosão do navio de carga no golfo de Omã. O navio não ficou incapacitado e ninguém ficou ferido a bordo. Os oficiais iranianos e israelenses ainda não reagiram oficialmente à informação.
A companhia de risco e inteligência marítima Ambrey Intelligence publicou no Twitter uma série de imagens que mostram os estragos provocados pela explosão no Helios Ray, apesar da veracidade das fotos ainda ter de ser confirmada.
Várias fotos que circulam dos danos no HELIOS RAY corroboram os relatos de dois oficiais de Defesa dos EUA, citados pela AP, sobre dois buracos a bombordo e estibordo do navio (quatro no total), logo acima da linha d’água. A sinalização mostra danos ao nível do convés 3.
O ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, afirmou que o Irã teria estado por trás do incidente ocorrido na quinta-feira (25).
“O Irã está buscando atingir a infraestrutura e os cidadãos israelenses. A localização do navio em relativa proximidade do Irã nos dá a ideia de que foram os iranianos. No momento, em um nível inicial de avaliação, dada a proximidade e o contexto – essa é a minha avaliação”, declarou Gantz, citado pela agência Reuters.
A República Islâmica foi anteriormente acusada de encenar ataques a embarcações comerciais no golfo de Omã pelos EUA em maio e junho de 2019, mas Teerã negou fortemente as acusações na época.
Este incidente poderá se juntar à crescente escalada de tensões entre Teerã e Washington, que começou em 2018, quando o ex-presidente dos EUA Donald Trump retirou unilateralmente o seu país do Plano de Ação Global Conjunto (JCPOA, na sigla em inglês).