Um proeminente general chinês enfatiza que Pequim deve aumentar o orçamento militar para fortalecer suas capacidades defensivas em face de uma possível guerra com os Estados Unidos.
“Devido à armadilha de Tucídides e aos problemas de fronteira, o Exército deve acelerar o desenvolvimento de suas capacidades”, frisou o vice-presidente da Comissão Militar Central (CMC) da República Popular da China, general Xu Qiliang, conforme noticiado nesta segunda-feira a Jornal britânico Daily Mail.
O termo armadilha de Tucídides, inventado por um renomado cientista político americano, é usado para explicar como uma potência em ascensão, no caso a China, pode instilar medo em uma potência existente, ou seja, os Estados Unidos, levando a hostilidade e desconfiança que podem levar para a guerra.
Ressaltando a importância de aumentar o orçamento militar do país diante de um possível confronto com os Estados Unidos, o alto comando militar garantiu que a China logo substituirá os Estados Unidos em termos de poder econômico em escala mundial.
“Precisamos fazer melhorias nos métodos e capacidades de combate e construir uma infraestrutura adequada para a modernização militar”, disse Xu em uma reunião no Congresso Nacional do Povo Chinês na sexta-feira.
Ambos países atravessam momentos de grande tensão pelo comercio, competência tecnológica, a pandemia do novo coronavirus, causador da COVID-19, assuntos relacionados com Taiwan e Hong Kong, reclamações territoriais da China no mar da China Meridional, entre outros.
Os conflitos entre Washington e Pequim se agravaram durante o mandato do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que, sob qualquer pretexto, aplicou várias sanções contra o país asiático durante anos.
No entanto, o novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, seguindo o mesmo caminho de Trump rumo a Pequim, considerou necessária uma coalizão para enfrentar o gigante asiático em diversos setores.
As autoridades chinesas, por sua vez, alertaram a nova Administração dos Estados Unidos para não iniciar uma “nova guerra fria”, alertando-a de que um confronto entre esses dois países será “destrutivo”, mas ao mesmo tempo continuam a melhorar sua defesa. recursos em face de todas as contingências a qualquer momento.