A Coreia do Norte continua sendo vista como séria “ameaça mais imediata” para os EUA e aliados na região do Indo-Pacífico, afirma militar de alta patente americano.
O almirante Philip Davidson, chefe do Comando dos EUA no Indo-Pacífico, também declarou que a Coreia do Norte continua desenvolvendo seus sistemas nuclear e de ataque ao território norte-americano, de acordo com a agência Yonhap.
“A Coreia do Norte representa um risco de segurança significativo para os EUA e para nossos parceiros na região do Indo-Pacífico. O país não tomou medidas importantes para a desnuclearização, apesar dos sinais promissores de desescalada em 2018, e contínuo do avanço de seu programa de armas estratégicas”, apontou Davidson no Comitê de Serviços Armados do Senado, antes de audiência, citado pela mídia.
Davidson acrescentou que “Pyongyang mantém um inventário de mísseis diverso e em crescimento, e a Coreia do Norte revelou vários novos sistemas balísticos durantes seus desfiles militares no final de 2020 e no início de 2021, incluindo dois mísseis balísticos lançados de submarino [SLBM, na sigla em inglês] e um míssil balístico intercontinental [ICBM, na sigla em inglês]. […] Até que a situação nuclear na península coreana esteja resolvida, a Coreia do Norte vai permanecer sendo nossa ameaça mais imediata”, citado pela Yonhap.
O almirante também denotou que Kim Jong-un, líder norte-coreano, voltou à retórica de colocar os EUA como “os maiores ou principais inimigos [da Coreia do Norte], contra o qual jurou aumentar seu arsenal nuclear”, referido na mídia coreana.
Além disso, Davidson sublinhou que a Coreia do Norte continua burlando as sanções do Conselho de Segurança da ONU, através de transferências ilegais entre navios de bens proibidos pelo regime de sanções, como petróleo, bem como através de crime cibernético.
O oficial de alta patente dos EUA referiu que a falta de um Acordo de Medidas Especiais (SMA, na sigla em inglês) poderia estar atrapalhando o trabalho conjunto das forças americanas e sul-coreanas neste aspecto. Porém, isso poderá mudar em breve, uma vez que ambos os países parecem ter chegado a um “consenso” sobre a soma que Seul deverá investir para que os EUA mantenham suas forças na nação sul-coreana.