Forças de Defesa de Israel (FDI) alertam sobre ameaça do Hezbollah em “guerra futura” enquanto o grupo terrorista ridiculariza mídia israelense após divulgação de relatório sobre Hassan Nasrallah.
Nesta segunda-feira (15), discursando na Conferência B’Sheva em Jerusalém, o major-general das FDI, Uri Gordin, afirmou que o Estado israelense sofrerá um ataque de dois mil foguetes e mísseis todos os dias durante uma possível guerra com o Hezbollah na fronteira com o Líbano, de acordo com o The Jerusalem Post.
“Israel será atingido por dois mil mísseis por dia em uma guerra futura. Nossos inimigos nas diferentes frentes precisam saber que, se necessário, ativaremos um exército poderoso nunca visto antes”, disse Gordin citado pela mídia.
O governo israelense acredita que o Hezbollah tem um arsenal de aproximadamente 150 mil foguetes e mísseis, alguns dos quais teriam a capacidade de atacar em qualquer parte do país, segundo a mídia.
“Eles sabem que não podem nos derrotar no campo de batalha, então tentam mover a guerra para uma segunda frente, que são nossas casas e cidades”, disse o major-general das FDI.
Gordin acrescentou que os inimigos de Israel devem saber que a frente interna israelense é resiliente e já provou seu valor no passado.
Do outro lado do front, após publicação de um artigo israelense que alegava revelar informações das FDI sobre o líder Hezzbolah, Hassan Nasrallah, o editor do jornal libanês Al-Akhbar (e contato próximo de Nasrallah), Ibrahim Al Amin, ironizou o artigo, dizendo que “um estudante de Comunicação Social teria feito melhor para discursar sobre o principal adversário de Israel”, segundo o The Jerusalem Post.
O artigo foi publicado nesse final de semana no jornal israelense Yedioth Ahronoth e apontava Nasrallah como um “megalomaníaco, paranoico e obcecado pela mídia em Israel que lê cada palavra escrita sobre ele. Um narcisista e mentiroso […] que não vai se aposentar tão cedo e não está preparando um herdeiro”, de acordo com a mídia.
Em resposta, Al Amin também afirmou que o texto era “um insulto profissional” pela forma como foi escrito e negou que o líder do Hezbollah vive em um bunker subterrâneo, conforme descrito no artigo israelense, afirmando que ele se move livremente por todo o país, inclusive viajando para fora do Líbano.