Israel vai às urnas nesta terça-feira (23) para a quarta eleição legislativa em menos de dois anos, em meio a um clima de incerteza sobre o futuro político do país.
Os colégios eleitorais ficam abertos até as 22h (17h em Brasília), quando serão divulgadas as primeiras pesquisas de boca de urna.
Primeiro-ministro desde março de 2009, Benjamin Netanyahu, do partido conservador Likud, é réu em um processo por corrupção, mas tem índices de aprovação suficientemente altos para mantê-lo competitivo, especialmente em função do sucesso da campanha de vacinação israelense contra o novo coronavírus.
“Oro pela vitória nas eleições, pelo Estado de Israel e por sua economia. Assumo o compromisso de continuar trabalhando para todos os cidadãos de Israel”, diz um bilhete deixado pelo premiê no Muro das Lamentações, em Jerusalém, na noite da última segunda-feira (22).
Já seu principal adversário, Yair Lapid, do partido de centro Yesh Atid (Existe um Futuro, em tradução livre), afirmou nesta terça que os israelenses devem escolher entre um “governo do futuro ou um governo obscurantista, perigoso, racista e homofóbico”.
Essa é a quarta eleição em Israel desde abril de 2019, já que nenhuma das três anteriores conseguiu produzir uma maioria clara no Parlamento (61 assentos de um total de 120).
O atual governo é fruto de uma aliança de ocasião entre o Likud e a coalizão de centro Azul e Branco, mas o acordo naufragou com o fracasso na aprovação do Orçamento pelo Knesset, em dezembro passado.
Segundo as últimas pesquisas, o cenário de fragmentação partidária no Parlamento deve continuar depois da votação desta terça-feira, mas Netanyahu ainda é o principal candidato a tentar formar um novo governo.
Fonte: ANSA.