Era sabido que o novo presidente norte-americano não morria de amores por Israel. De fato, os generosos passos dados pelo seu antecessor lograram-se agora com a declaração de que os EUA declaram que os territórios da Judeia e Samaria – conhecidos como Margem Ocidental – são “território ocupado.”
A mim também me apetece dizer que grande parte do espaço atual dos EUA é também “território ocupado”, com a diferença de que antes dos colonos norte-americanos já lá viviam os índios, mas, em Israel, muito, mas muito antes dos árabes, já lá viviam os hebreus…
Mas a política de Biden é dúbia: ao mesmo tempo que declara que a “Margem Ocidental é “território ocupado”, nada diz sobre a alegada ilegalidade dos assentamentos judaicos naquela região.
Nas palavras do porta-voz do Departamento de Estado dos EUA Ned Price, “É um facto histórico que Israel ocupou a Margem Ocidental, Gaza e os Montes Golan depois da Guerra de 1967.”
Questionado por um repórter sobre se os EUA consideravam que Israel tinha ocupado a Margem Ocidental, Price respondeu: “De fato, o relatório dos direitos humanos de 2020 usa o termo “ocupação” no contexto da presente situação da Margem Ocidental” – afirmou, acrescentando: “Desde há muitas décadas que esta tem sido a posição de administrações anteriores em ambos os partidos.”
Israel sempre contestou estas alegações, defendendo que a Margem Ocidental não se enquadra no padrão de “território ocupado”, uma vez que Israel capturou aquele território à Jordânia, cuja soberania naquele espaço entre 1948 e 1967 não foi legalmente reconhecida, sendo até considerado que a Jordânia ocupava o território. Antes da Guerra da Independência em 1948 aquele território era administrado pelo mandato britânico, e antes da I Guerra Mundial fazia parte do império turco otomano.
A administração de Donald Trump acreditava que Israel tinha direitos históricos e religiosos sobre partes desses territórios aos quais nunca se referiu como “ocupados.” Os principais líderes norte-americanos concordavam com a direita israelita de que o termo certo era Judeia e Samaria, e não Margem Ocidental. Trump também não considerava ilegais os assentamentos judaicos naquelas terras bíblicas.
Para a atual administração do democrata Joe Biden, a solução é a existência de 2 estados: “O nosso objetivo final é de facilitar uma solução dois estados porque é o melhor caminho para preservar a identidade de Israel como estado judaico e democrático, ao mesmo tempo que garantindo aos palestinianos as suas legítimas aspirações de soberania e dignidade num estado próprio.”
Fonte: Shalom, Israel!