Os samaritanos constituem um dos mais pequenos grupos religiosos no mundo. Contam-se atualmente apenas 840 membros desta comunidade em todo o mundo. O auge da comunidade foi atingido no século 4º d.C., quando atingiu cerca de um milhão de membros sob a liderança de Baba Rabba, o seu venerado líder.
Os samaritanos acreditam unicamente na Torá Samaritana – o Pentateuco – sem quaisquer acréscimos judaicos, como o Talmude. Têm sido ao longo da História perseguidos por causa das suas crenças. Tanto bizantinos, como árabes, cruzados e otomanos têm perseguido esta comunidade na região Norte de Israel.
No passado eram comuns os conflitos e os ódios entre judeus e samaritanos. Os vários episódios narrados nos Evangelhos em que Jesus Se encontra com samaritanos demonstra bem esta antiga rivalidade provocada por questões religiosas.
Enquanto os judeus consideram o Monte do Templo em Jerusalém como o seu lugar mais sagrado, os samaritanos têm o Monte Gerizim, perto da atual cidade de Nablus, como o seu lugar mais sagrado. Segundo eles, foi naquele monte que Abraão amarrou Isaque para o sacrifício, e onde Josué erigiu o santuário após a travessia do rio Jordão. Segundo a crença dos samaritanos, o Monte Gerizim é o centro do mundo.
A herança histórica samaritana é impressionante. A comunidade ainda fala um dialecto, que é uma mistura de hebraico com samaritano.
Os samaritanos celebram as festas do Sucote (Tabernáculos), a Páscoa e o Shavuot (festa das semanas, ou Pentecoste), realizando nessas alturas rituais festivos no Monte Gerizim. Na altura da Páscoa os samaritanos ainda sacrificam cordeiros no Monte Gerizim, enquanto que os judeus deixaram de sacrificar animais após a destruição do Templo de Jerusalém no ano 70 d.C.
A comunidade samaritana atual vive maioritariamente em Kiryat Luza, uma pequena aldeia perto de Nablus (a antiga Sicar), e em Holon, no Sul de Tel Aviv.
Conhecer esta comunidade é uma memorável viagem até aos tempos do Antigo Testamento.