Em mais episódio de acirramento das tensões contra a Rússia, o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, assinou uma lei nesta quarta-feira (21) para convocar reservistas para o serviço militar sem a necessidade do anúncio de uma mobilização.
A medida ocorre em meio a um aumento maciço de tropas perto da fronteira entre Ucrânia e Rússia, escreve a Associated Press.
A nova lei, aprovada pelo parlamento da Ucrânia, permitirá ao país “equipar rapidamente as unidades militares de todas as forças de Defesa do Estado com reservistas, aumentando significativamente sua eficácia de combate durante a agressão militar”, disse o gabinete de Zelensky em um comunicado.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia disse ainda que o crescimento russo na fronteira continua e “espera-se que alcance uma força combinada de mais de 120 mil soldados”. Ele fez um novo apelo para que os EUA e a OTAN que reforcem as sanções contra Moscou.
A Rússia rejeita as preocupações ucranianas e ocidentais sobre o aumento das tropas, argumentando que é livre para desdobrar suas forças e enfatizando que elas não ameaçam ninguém.
Moscou também reconheceu o aumento das tensões, e revelou que atividades militares da OTAN em suas fronteiras elevam as tensões.
A Missão Especial de Monitoramento para a Ucrânia da Organização para a Segurança e Cooperação da Europa (OSCE, na sigla em inglês) identificou aumento da atividade militar nas fronteiras da região de Donbass, na Ucrânia. “Nas últimas semanas vimos uma alta significativa nas atividades na linha de contato. Entre 22 de março e 4 de abril de 2021, confirmamos 3.922 violações ao cessar-fogo na região”, informou a missão especial à Sputnik.
Ao mesmo tempo, o Kremlin alertou as autoridades ucranianas contra a tentativa de usar a força para retomar o controle do leste rebelde, dizendo que a Rússia poderia ser forçada a intervir para proteger os civis na região.