Estônia, Letônia e Lituânia anunciaram nesta sexta-feira (23) a expulsão de quatro diplomatas russos, sendo um por parte de Tallinn, outro de Riga e dois por parte de Vilnius.
A Lituânia expulsou dois funcionários da embaixada russa em solidariedade à República Tcheca, afirmou o Ministério das Relações Exteriores do país.
“Hoje, 23 de abril, o Ministério das Relações Exteriores da Lituânia convocou um representante da Embaixada da Rússia na Lituânia e lhe entregou uma nota diplomática, declarando dois membros do pessoal da embaixada personae non gratae, por terem realizado atividades incompatíveis com seu status diplomático e dando-lhes sete dias para deixarem a Lituânia. A decisão mostra nossa solidariedade com os aliados depois de um incidente sem precedentes e perigoso na República Tcheca”, declarou o ministério lituano.
A decisão foi tomada em cooperação próxima com a “Letônia e Estônia”, ressaltou o ministério.
A Letônia anunciou a expulsão de um diplomata russo, segundo o ministro das Relações Exteriores do país, Edgars Rinkevics.
A Estônia, seguindo seus aliados, também anunciou a expulsão de um diplomata russo.
Conflito diplomático
Recentemente, três funcionários da Embaixada da Rússia em Varsóvia foram declarados personae non gratae. Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou, nesta sexta-feira (23), cinco funcionários da embaixada polonesa personae non gratae, com os diplomatas devendo deixar o país até o final do dia 15 de maio.
Três membros da Embaixada da Rússia em Bratislava, Eslováquia, também foram obrigados a deixar o país em meio a um passo semelhante ao da República Tcheca, afirmou na quinta-feira (22) Eduard Heger, premiê eslovaco.
No dia 22 de março, após um alegado caso de espionagem de representantes russos na Bulgária, as autoridades búlgaras declararam dois diplomatas russos personae non gratae. Em contrapartida, a chancelaria da Rússia informou que, como medida de retaliação, Moscou expulsa dois diplomatas da Embaixada da Bulgária, que devem deixar o território russo em 72 horas.
No sábado (17), Andrei Babis, primeiro-ministro da República Tcheca, acusou os serviços de inteligência russos de participar da explosão de 2014 em um depósito de munição em Vrbetica, justificando com isso a expulsão de 18 diplomatas russos do país. O Kremlin negou as acusações e as considerou ultrajantes e infundadas.