A região da Sibéria vem registrando há meses temperaturas excepcionalmente altas e inúmeros incêndios florestais. O fenômeno preocupa as organizações ambientais, que pedem medidas concretas para conter o aquecimento climático.
Se a Sibéria é conhecida por seus invernos intensos, a situação vem mudando nos últimos tempos. As organizações ambientais alertam que há meses florestas e outras áreas verdes pegam fogo na região que vai até o extremo leste da Rússia.
O Greenpeace afirma que, segundo as imagens capturadas via satélite, 19 milhões de hectares já foram incendiados entre janeiro e meados de julho deste ano na Sibéria. A superfície queimada é maior que todo o território de um país como a Grécia.
A ONG afirma que os incêndios foram provocados pelos picos de calor registrados recentemente. A situação é particularmente difícil na região de Iacútia, no extremo leste da Rússia. Yakutsk, cidade que chegou a ser conhecida como a mais fria do mundo, está coberta pela fumaça dos incêndios que teriam sido provocados pelo aquecimento global.
Permafrost derretido
Já no nordeste da Sibéria, os termômetros marcaram mais de 37 graus à sombra, como picos de 48 graus registrados no solo no final de junho. As altas temperaturas provocam o derretimento do permafrost, o solo constituído por terra, gelo e rocha, que tradicionalmente permanece congelado o ano inteiro. O fenômero ocasiona o deslizamentos de terra, desmoronamentos de prédios por causa de falhas criadas nos terrenos, ou ainda liberação de gases que normalmente ficam retidos no solo.
No final de junho, a capital russa também enfrentou uma onda de calor histórica, com termômetros na casa dos 35 graus. Essa foi a primeira vez em 120 anos que Moscou registrou temperaturas tão elevadas durante vários dias seguidos em um mês de junho.
Fonte: RFI.