De acordo com relatório da Organização das Nações Unidas, o país asiático, mesmo diante da frágil economia, continua a fazer testes nucleares. As evidências foram colhidas através de infravermelho e imagens de satélite.
Pyongyang está realizando testes no complexo nuclear de Yongbyon, segundo um relatório da ONU enviado na quinta-feira (5) ao Comitê de Sanções do Conselho de Segurança da ONU da Coreia do Norte. Os testes teriam ocorrido entre dezembro de 2020 e fevereiro deste ano, de acordo com o jornal Nikkei Asia.
A atividade foi detectada dentro do complexo de Yongbyon via infravermelho e outras imagens de satélite. O relatório observa que “a construção externa de um reator de água leve parece estar concluída” e que “a instalação de máquinas provavelmente já está em andamento”, segundo a mídia.
O documento também aponta que o reator de 5 megawatt, o mais antigo da instalação, não mostrou sinais de operação desde 2018.
Mesmo com a economia precária agravada pela pandemia, Pyongyang continua a desenvolver seus programas de mísseis balísticos e nucleares e a exportar carvão, desafiando as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
Entre fevereiro e maio deste ano, pelo menos 364.000 toneladas de carvão foram enviadas em navios norte-coreanos para o porto de Ningbo-Zhoushan, perto de Xangai, em cerca de 41 carregamentos. O contrabando de petróleo de navio para navio continua a ocorrer no mar, diz o documento.
Assim como o carvão, as importações norte-coreanas de petróleo sofrem limitações, e hoje são restritas a 500.000 barris por ano sob uma resolução da organização.
Pyongyang havia usado apenas 4,75% da cota até meados de julho, de acordo com dados oficiais, mas o relatório preliminar diz que o aumento das importações ilícitas significa que o país asiático “provavelmente ainda ultrapassará o limite em 2021”.
No dia 31 de julho, um tribunal dos EUA ordenou o confisco de um petroleiro que estaria fornecendo petróleo à Coreia do Norte, conforme noticiado. Segundo o Conselho de Segurança, qualquer carregamento de petróleo destinado ao país asiático representa uma violação das resoluções da ONU.
O fechamento das fronteiras da Coreia do Norte devido à pandemia interrompeu a maioria das importações de bens de consumo, mas os itens de luxo ainda estão passando, segundo a mídia.