Em 17 de julho, o ex-presidente afegão, Ashraf Ghani, que fugiu de Cabul antes da tomada pelos talibãs, criticou veemente o Paquistão durante uma conferência internacional em Tashkent, no Uzbequistão, dizendo que mais de dez mil combatentes jihadistas teriam entrado no país através do Paquistão.
Ghani acusou constantemente Islamabad de apoiar o Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países) a desencadear o caos no Afeganistão.
Neelam Irshad Sheikh, membro do partido governante do Paquistão, Tehreek-e-Insaf (PTI), disse em um programa de TV que o Talibã está pronto a ajudar o país a “libertar” Caxemira, um território disputado com seu país vizinho, Índia.
“O passaporte verde [paquistanês] está sendo respeitado em todo o mundo. Estamos recebendo remessas e investimentos. Há muita receita sendo gerada. O mundo inteiro está reconhecendo o Paquistão, quer sejam os governos turco ou malaio. Mesmo no Afeganistão, o Talibã diz que está conosco e quer se juntar a nós para libertar Caxemira”, disse a parlamentar.
Assessor próximo do premiê Imran Khan e a porta-voz de seu partido, Neelam Irshad Sheikh, dizendo: “O Talibã concordou em apoiar o Exército do Paquistão a libertar Caxemira”
Imran Khan, a Caxemira está um pouco longe… antes que o Talibã destrua o Paquistão.
Diretor-geral dos Inter-serviços de Relações Públicas (DG ISPR, na sigla em inglês), por que você não tenta libertar a Caxemira?
Um dos apresentadores lhe perguntou se ela estava ciente de que o programa seria visto pelo munfo a fora, também na Índia, ao que Sheikh respondeu: “quando o Talibã enfrentava a injustiça, nós os apoiamos, e agora que estamos recebendo injustiça, o Talibã nos ajudará a conseguir a vitória em Caxemira”.
No início deste mês, Ghulam Isaczai, embaixador afegão na ONU, se ofereceu para mostrar “evidências materiais” ao Conselho de Segurança da ONU que suportam as acusações do Afeganistão contra o Paquistão no seu apoio ao Talibã.